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OVNIs – marcas, formas, luzes ou objetos

Sinais percebidos mas pouco compreendidos.
Ilustração https://www.instagram.com/brabarelaquarela/

Serra do Tamanduá em 04/03/2019.

A Serra do Tamanduá fica no município de Vila Propício – GO. O município possui o segundo maior complexo de cavernas do centro-oeste. Vizinho dos municípios de Cocalzinho de Goiás, Goianésia e Pirenópolis, Vila Propício situa-se a 29 km ao Sul-Leste de Goianésia a maior cidade nos arredores. Situado a 722 metros de altitude, nas coordenadas geográficas: Latitude: -15° -27′ 31” Sul, Longitude: -48° 53′ 9” Oeste. Continue lendo OVNIs – marcas, formas, luzes ou objetos

OVNIs – Contatos fatais?

O vídeo abaixo mostra que existem várias ​​alegações de avistamentos de OVNIs e abduções ao longo dos anos, alguns com mais credibilidade do que outros. A maioria das testemunhas sobrevive à suposta experiência sobrenatural, em grande parte saem ilesos. Em alguns casos, no entanto, tudo o que foi encontrado parece indicar que chegaram perto demais…

MINUTAGEM:
00:58 10 – Manoel Pereira da Cruz e Miguel José Viana
02:55 09 – Todd Sees
04:25 08 – Arcesio Bermudez
06:01 07 – Jonathan Lovette
08:55 06 – Rivalino Mafra Da Silva
10:50 05 – Incidente UFO fatal nos céus do Japão
13:17 04 – Abel Boro
14:40 03 – Karl Hunrath e Wilbur Wilkinson
16:07 02 – Sete mortos na Índia por OVNIs
17:16 01 – João Prestes Filho

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Escalas de Classificação: de Hynek & Outros

Escala Original de Hynek
»Zero grau – CE-0

➡ luzes misteriosas
➡ grandes distâncias

»Primeiro grau – CE-1

O avistamento de um ou mais objetos voadores não identificados:
➡ discos voadores;
➡ Objetos voadores não identificáveis como feitos pelo homem. Continue lendo Escalas de Classificação: de Hynek & Outros

OVNIs – Um Eterno Quebra-Cabeças?

Por Wilson Geraldo de Oliveira

Um exercício de imaginação

Talvez fosse mais fácil se na busca de respostas para a questão ufológica, numa analogia com o jogo quebra-cabeças, algum caminho fizesse mais sentido, logo de início. Como se houvesse um gradiente progressivo, do simples para o complexo. Começa-se por uma peça que guarda alguma relação com outras peças e à medida que estas relações fossem descobertas o resultado iria se apresentando, até a compreensão global do fenômeno OVNI pela sociedade. Ninguém parece estar fora desse jogo!

Muitos aspectos estão relacionados tanto a características de cada peça  e de cada jogador, quanto ao processo de montagem ou inserção de cada peça ou jogador, como parte do conjunto. Aspectos que hoje nos parecem insondáveis, faz desse, apenas um exercício imaginativo.

Monitorar ou ser monitorado

A ideia de monitoramento das instituições terrestres: religiões, governos, forças armadas, ciência, etc. por inteligências alienígenas é uma hipótese absurda para o pensamento científico. Essa ideia surge face a interpretações diversas de que o ET tem esse potencial de interferência e poder.

Importa, no entanto, considerar a forma como a problemática ufológica se manifesta no pensamento social como um todo, do folclore ao pensamento religioso, mítico, científico ou de senso comum. A ideia de ser monitorado pode parecer absurda quando aplicada a nós mesmos, como grupo interno ao planeta, por interesse alheio. Mas, quando somos nós que monitoramos o outro por interesse próprio, a ideia não nos parece tão absurda!

Ou seja, politicamente, e considerando o que conhecemos como monitoramento interno ou externo de massas, pode soar muito inapropriada aos regimes que se querem democráticos e pode ser entendida como afim à ideia de regimes totalitários, o que torna o assunto assustador.

Apenas a ponta do iceberg

Será em razão das dificuldades metodológicas para lidar com os fenômenos ufológicos a aversão do cientista, também, às visões conspiratórias deles decorrentes? Poucos se animam a debruçar sobre os inegáveis fenômenos físicos e seus consequentes desdobramentos.

O pesquisador premido pela necessidade de aplicação do método cartesiano e deparando-se com a sua inadequação ao controle do objeto sente-se fragilizado. Afinal, apesar das dificuldades de controle, o fenômeno não é menos real. Além disso, não está dissociado, no imaginário coletivo, das hipóteses baseadas em teorias conspiratórias, como a existência de alianças secretas com determinadas nações terrestres, formando comandos de operações belicosas altamente especializadas, na condução ou influenciação dos destinos da vida na terra. As visões conspiratórias, se consideradas, sugerem que é ainda maior este já enorme iceberg, do qual só é perceptível uma pequena parte.

Do local ao global – as circunstâncias do tempo

Importante considerar que o fenômeno OVNI se manifesta localmente mas as suas características, embora muito diversificadas na forma, comportamento e dimensões aparentes, possuem padrões que vêm sendo observados em todo o planeta e que fazem dele um fenômeno global.

Nesse instante(1992), o melhor a fazer parece ser, identificar as leituras possíveis para o cenário desse jogo. Se ele é entendido como um quebra-cabeças a ser montado é tempo de esforçar para que todas as peças, ou o maior número possível delas, estejam sobre a mesa.

Esse é um aspecto geral ainda desconhecido dos jogadores. Esse aspecto exige que pensem fora da caixa. Como jogar um jogo sem se estar certo de que todas as peças estejam sobre a mesa? Mais ainda, é da natureza do quebra-cabeças, que as peças sejam passíveis de serem conhecidas ou reconhecidas com o desenrolar do jogo. Fato é que o jogo começou há algum tempo e se é verdade que ninguém neste planeta está fora dele, também se pode dizer que muitos não se reconhecem como jogadores e outros tantos ainda irão se reconhecer nele. Nesse sentido, só se saberá certos detalhes, em função de circunstâncias vindouras. Quando mais peças forem reconhecidas e quando mais jogadores se reconhecerem como participantes desse jogo.

Posto dessa forma, como então montar o quebra-cabeças?

De 1989 a 1992 foi possível conhecer, a partir do início dos trabalhos do GEU/UnB, artigos e depoimentos em revistas e boletins e depoimentos pessoais, verbais ou por cartas, etc.(i) recebidos de organizações ufológicas do Brasil e do Exterior, sobre incidentes ufológicos os mais diversos. Nestes, os OVNIs são entendidos como: balões meteorológicos, fenômenos luminosos naturais e artificiais, passando por navios, aviões fantasmas e aeronaves extraterrestres, até chegar aos seus tripulantes que, segundo as mais diversas interpretações, poderiam ser desde leitores casuais deste artigo, anônimos, o próprio autor, ou infiltrados pertencentes às cúpulas de várias organizações mundiais, governos, religiões, etc…

Diante da grande quantidade de peças que surgem a cada dia faz-se necessário uma certa preocupação com questões metodológicas adequadas à montagem do quebra-cabeças. Pintar o que se pode ver e tentar antever, com a criatividade necessária, a parte submersa desse iceberg que até o momento parece só aumentar.

Os pioneiros – construindo metodologia e formando opinião

Essa tentativa de se alcançar uma metodologia apropriada se faz de forma pioneira, por muitos pesquisadores, há muito tempo, desde a década de 1940 ou antes. E mesmo com esse pioneirismo tão valioso à pesquisa OVNI, os avanços teórico metodológicos ainda não são tão expressivos.

Face às dificuldades, a prática dos pioneiros, centrada na casuística, ofereceu uma sugestão óbvia. A montagem do quebra-cabeças pode se dar a partir de peças simples e familiares. A casuística, os casos e os relatos bem ou mal contados, desde as conversas de assombração, rurais e/ou urbanas, provenientes de pessoas simples ou de autoridades. Daí suas obras serem referências obrigatórias à pesquisa atual e futura.

Seria possível iniciar toda uma sociedade, tradicionalmente castigada pela falta de instrução básica, em assuntos que alcançam alta complexidade? Só com muito tempo, informação de qualidade e pedagogia adequada se poderá considerar os adjetivos simples (ii) e familiar(iii), na formação da opinião pública.

Da mesma forma, que se tem buscado por metodologias mais apropriadas à pesquisa do fenômeno OVNI a partir de um modelo de pensamento científico com pouco resultado, pode-se dizer que a formação de uma opinião pública favorável ao entendimento do assunto (muito bem vinda e necessária), também vem sendo construída há muito tempo e com pouco resultado.

Produção e difusão da informação

Seria coerente, ações deliberadas e bem intencionadas com vistas a acelerar esse processo de conhecimento do tema OVNI, pesquisar e informar mais(iv) e tornar o quanto antes, esse processo mais didático.

Observa-se que a sociedade, poucas vezes pensada como contribuinte, deve assimilar o conhecimento produzido de forma a ser esclarecida e legitimar a continuidade da pesquisa com a aprovação de investimentos. Isso significa vencer resistências  preconceitos de várias ordens.

É condição para que se avance na formação de uma opinião sobre o tema OVNI, o estímulo à produção e difusão desse conhecimento, como qualquer outro. Observa-se que diferentemente do que ocorre com o tema OVNI, por exemplo, isso está ocorrendo com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Mas, a existência de projetos específicos relacionados a pesquisa e difusão do tema OVNI não segue essa onda. Nesse caso, em grande medida por uma questão utilitarista das tecnologias.

O sensacionalismo gera acobertamento

É bastante comum na atividade jornalística, priorizar a divulgação de ocorrências ditas “absurdas” (complexas) sobre as quais se pode especular à vontade. Por falta de pesquisas mais aprofundadas tais ocorrências viram especulações descabidas e sensacionalistas.

A preocupação demasiada com ocorrências de graus elevados ou ocorrências de tipo HS-High Strangeness (alta estranheza)(v), induz a um tratamento prematuramente seletivo. Quando ocorrências “simples” dos tipos: DD-Daylight Discs, NL-Nocturnal Lights, RV-Radar/Visual, podem se mostrar igualmente importantes e até mais complexas do que se imagina à primeira vista (veja-se Caso Papuda, um caso do tipo RV-Radar-Visual)(vi).

Frequentemente sensacionalista, a imprensa em geral descaracteriza com facilidade ocorrências importantes ao confirmar o que “autoridades”, normalmente do campo da astronomia, dizem apressadamente a respeito, normalmente negando o fenômeno. Uma imprensa investigativa e crítica percebe isso e não confirma ou nega antes de confrontar testemunhos diversos. Se esforça por distinguir os aspectos simples e familiares dos mais complexos. Ao bom repórter, tanto quanto ao pesquisador, deve preocupar a fidelidade aos fatos ainda que de difícil reprodução e acompanhamento.

Com sensacionalismo se descaracteriza as ocorrências, induz ao descrédito ou ao acobertamento do fenômeno perante à opinião pública. Manchetes vazias, referências truncadas, testemunhas desacreditadas, e muito pouca compreensão da natureza do fenômeno. A comunidade ufológica conta com vasta experiência nesse sentido.

O quebra-cabeça – um recurso didático

A construção gradativa de um “objeto social”, leva à toda a sociedade os meios para conhecer os fatos e melhor julgar. Antagonismos e conflitos no interior da comunidade ufológica sempre existiram e isso nunca trouxe benefícios. Há que se construir consensos mínimos, pois, a falta de consensos gera conflitos que se estendem para além da comunidade ufológica, atingindo outros nichos sociais.

Finalmente, só o esforço coletivo pode facilitar a compreensão do gradiente de ocorrências que pode ser que vá do muito simples e familiar, ao muito complexo e de alta estranheza. A compreensão desse gradiente pode revelar tendências do quebra-cabeças. Se assim for, ele deixará de ser eterno e será  lembrado, como instrumento pedagógico, em determinada fase do aprendizado coletivo.

Notas

(i) Lembrando que nesse momento nao havia internet tal como se tem hoje. Os arquivos do Grupo de Estudos Ufológicos da Universidade de Brasília. (GEU/NEFP/CEAM/UnB) constituiam-se de cartas, boletins e periódicos recebidos de colaboradores. Este texto foi produzido em 1992 e revisado a propósito desta publicação.

(ii) Simples – Quando se diz que algo é dotado de simplicidade significa que é de fácil compreensão ou composto por pouca ou nenhuma complexidade, ou seja, é descomplicado.

(iii) Familiar – Que goza do convívio ou da intimidade de alguém. / Conhecido, comum, vulgar: este assunto lhe é familiar

(iv) Considerando o advento da internet, que apenas se anunciava no Brasil, quando da primeira versão desse texto(1992), pode-se refletir atualmente (2018) quanto a insuficiência da informação no processo de formação da opinião pública sobre o assunto.

(v) Classificação utilizada pelo Prof. J. Allen Hynek em (Hynek, J. Alen, THE UFO EXPERIENCE – A Scientifc Inquiry. London: Corgi edition published I974. Pg: 54, 74, 96…) (Onde os avistamentos a mais de 150 metros (500 pés) são classificados como “discos diurnos”, “luzes noturnas”, “informes visuais ou de radar”, etc. Os menores que essa distância são classificados em diferentes subtipos de encontros imediatos(Close Encounters). Hynek, e, posteriormente, outros autores, argumentam que encontros imediatos reais dão-se a essa distância aproximada como máxima, para reduzir e, em seguida, eliminar a possibilidade de confusão com uma aeronave convencional, ou um evento meteorológico (como uma nuvem incomum) ou siderais (como a queda de um meteoro ou estrela cadente).)

(vi) Cópias do relatório sobre o “Caso Papuda” poderão ser baixadas clicando AQUI!