img destaque mandala nave

BREVES RELATOS DO PESQUISADOR SERGIO F. ALMEIDA

Introdução do editor Wilson Geraldo de Oliveira

Estórias que fazem a história

São muitas as estórias que fazem história no movimento ufológico, mundo afora. Normalmente, as estórias mais curtas, os “causos”, os relatos de breves eventos, de tão breves, de fato se pensa que não dá pra esticar muito a conversa sobre eles. No entanto, ao ouvir atentamente as testemunhas percebemos que estas experiências, de breve têm muito pouco. Na verdade, constituem-se de fatos que acompanharão as testemunhas por toda a vida. É “estória” para a vida toda e para as próximas gerações.

E é assim mesmo. Uma enorme quantidade de pessoas, que viveram a experiência da observação do fenômeno OVNI, sentiu uma enorme mudança em seus referenciais a partir destas inusitadas experiências. Muitos se calaram e ainda se calam. Por vezes, a pensar que não há muito o que dizer, nem há como explicar. Afinal, um evento tão fortuito e sem a menor possibilidade de reproduzi-lo, de produzir comprovação. Fica ainda mais convencido da necessidade do silêncio quando percebe que muitos, ao tentar dizer a outrem, de seu testemunho inequívoco, sofreram com a desconfiança daqueles.

Já, sobre os denominados “casos clássicos” da ufologia muitos livros foram escritos e houve muita produção cinematográfica. Desnecessário citar aqui. Uma breve busca na internet pode nos dar a dimensão dessa produção.

Duas categorias, dois estímulos igualmente importantes

Estas duas categorias de eventos sugerem dois tipos de estímulos diferentes, cujo objetivo, bem poderia ser, acordar nos a todos, dessa letárgica “era moderna dos discos voadores”. Os breves eventos impactam, inicialmente, a indivíduos isolados ou a pequenos grupos. Já os grandes eventos ou narrativas de contato, que nessa breve história da “era moderna dos discos voadores” se tornaram os “casos clássicos da ufologia”, tem a função de impactar coletivos maiores.

A jornada para uma situação de contato amplo e aberto continua com a sabedoria de tempos sempre renovados. A exemplo do relatório recente dos EUA, com explicações do pentágono, que embora não tenha atendido às expectativas, apontam a necessidade de novos rumos para a pesquisa.

escala de contato com a informação ufologica
Fonte: https://ufologico.com.br/o-movimento-ufologico-como-se-constroi/ – Clique para ver imagem ampliada.

Vale lembrar que o leque de eventos e informações que nos impulsiona à reflexão e ao conhecimento do assunto é bastante amplo. Desde a simples informação jornalística, aos “causos” e breves relatos, até os contatos de 5º grau. Em meio a todos eles, temos aqueles que mesmo não havendo elementos suficientes para aplicar uma metodologia científica mais rigorosa, nos convence, como pesquisadores frente às testemunhas, tratar-se de eventos com alta probabilidade de serem autênticos.

Por esta razão, vez em quando publicamos aqui, relatos, uns breves outros mais longos e por vezes agrupamo-los, como agora, a fim de ressaltar a sua importância para o conjunto do movimento ufológico.

A seguir veremos uma amostra de breves relatos coletados pelo pesquisador Sergio F. Almeida

Alguns casos de observações de OVNI’s.

Por Sergio F. Almeida

Relaciono a seguir alguns casos ufológicos cujas testemunhas ouvi em conversas informais, sem o caráter oficial de investigação de Caso de OVNI, todos expostos de forma resumida, pois dessa forma me foram passados, talvez por timidez das testemunhas ou por medo de serem ridicularizadas caso os contassem muito detalhadamente para algumas pessoas que não levam a sério esse tipo de “estória”.

Entre um café e outro

As testemunhas (exceto as dos casos 4 e 7) são pessoas simples da “roça”, não possuem qualquer instrução ou apenas tem instrução primária. Os casos foram contados em conversas “entre um café e outro” durante visitas recebidas em minha casa na área rural do município de Divino – Minas Gerais, ou durante folgas de trabalho de construção civil também em minha casa ou arredores dela.

Esses casos ocorreram nos anos 80 e 90 (exceto o caso 7) conforme os que vivenciaram as experiências e eu tive conhecimento dos mesmos somente depois de 2004 quando passei a ir com mais frequência na minha casa (que pertenceu a antepassados, imigrantes, desde o final do século XIX). Não foram mencionadas as datas e o local exato do município em que ocorreram – alguns próximos ao município de Divino.

Um desses casos (o 4), envolvia pessoas de Brasília e ocorreu na região que menciono aqui. Especificamente em tal caso, houve uma pequena entrevista realizada em Brasília em 2009 e a testemunha, executivo público de alto posto no governo concordou em falar sobre o assunto desde que não fosse revelada sua identidade.

Em outro caso, o 6, eu mesmo fui a própria testemunha e aqui vai o meu relato. O caso 7, ocorrido em 1973, foi relatado por uma das testemunhas em 2018. Por último, as expressões colocadas entre aspas e em itálico referem-se a citações literais das próprias testemunhas dos demais casos.

Dois comentários

Faço um comentário aqui que o fenômeno UFO, como sabemos, está presente em todas as áreas geográficas do planeta e em algumas delas, mais do que em outras há uma incidência de ocorrências e ainda não se sabe o porquê. Na área que menciono neste documento, Zona da Mata de Minas Gerais, Serra do Caparaó e adjacências, há um conjunto imenso de Casos, alguns muito antigos, inclusive abordados em outras publicações ufológicas.

Outro comentário refere-se ao fato de que conheço (muitas) aeronaves civis e militares no que se refere ao seu desenho, determinadas características de voo de muitas delas, situações de operacionalidade, origens, motores, etc. o suficiente para não confundir tipos de objetos aéreos com outras “coisas”. Esse conhecimento foi e tem sido muito importante para mim na questão da pesquisa ufológica.

⇒Caso 1 – Município de Matipó – MG

J.B., idade próxima de 30 anos (na época), anos 90, primário incompleto, sabe ler e escrever pouco, trabalhador do campo, residente (na época) na área rural do município de Matipó – MG, Zona da Mata.

Certa madrugada acordou no horário habitual, ainda escuro, abriu a janela de casa que dava de frente para um rochedo de pedra – montanha alta – e viu um brilho amarelo esbranquiçado “como uma mancha, uma nuvem bem esgarçada” e “sem definição na sua forma”. No entanto, pareceu ser “um objeto firme (sólido) que tinha uma luz fraca”. Era como uma luminescência apenas, estava lá parado abaixo do topo da montanha, perto e de frente para ela “como se estivesse olhando a pedra”.

Aquela frente da montanha é mirada para o leste. Com o nascer do sol a mancha foi “indo embora, bem devagarinho, na medida em que o sol foi aparecendo no horizonte”. O fato durou muitos minutos e talvez tenha passado de 1(uma) hora. A testemunha não contou o tempo; achava que “na minha mente aquela nuvem ali só estava esperando o sol nascer”.

mapa do município de Matipó MG

A BR-262 se conecta à BR-116 (Rio- Bahia) na localidade de Realeza, vista no mapa. O risco amarelo que desce de Realeza é a BR-116 em direção ao Rio de Janeiro. Na rota Rio de Janeiro, a 60Km de Realeza fica o município de Divino. Note no mapa a indicação de Abre Campo (local em que ocorreu o caso 4).

⇒Caso 2 – Município de Divino – MG

J.B., – a mesma testemunha do Caso 1 relatou um segundo caso que presenciou algum tempo depois, desta vez ocorrido no município de Divino – MG, município que passou a ser sua nova morada.

Como brasa viva

Em andança por uma estrada de terra, viu um objeto na forma “de um ovo achatado, do tamanho de um carro” chegar devagar “diminuindo a velocidade que já era baixa” e pairar vários metros dele em uma altitude de poucas dezenas de metros. O que chamou a sua atenção foi o fato de que quando ele chegou estava “como brasa viva” e, parado no céu, foi “esfriando e sua cor mudando devagarzinho para um cinza escuro, igual um metal quente que quando esfria fica meio enrugado”. E nessa nova aparência foi se deslocando lentamente até desaparecer no horizonte. Não tinha luzes e nenhum detalhe em sua estrutura.

Sobre a credibilidade da testemunha

Para mim, a credibilidade da testemunha com relação aos dois casos acima é de 100%. Conheço a pessoa, é cidadão de muita confiança, sério, muito educado, frequentador de igreja pentecostal e converso algumas vezes com ele quando o encontro, mas sei que ele não gosta de falar sobre o assunto.

⇒Caso 3 – São João do Norte – Município de Divino – MG

Uma família de trabalhadores rurais, pai, mãe, quatro filhos, o maior com uns 15 anos (na época), anos 90, sem instrução na média, mas os filhos sabendo ler e escrever pouco.

Estavam andando em uma estrada de terra a pé na área de São João do Norte, região do município de Divino – MG. Como estavam acostumados a andar à noite pela estrada – vindo do serviço para a casa – não usavam lanterna ou qualquer outro objeto que emitisse luz.

O relato é do filho mais velho que, na época em que contou o caso, tinha uns 25 a 30 anos.

Um fio de luz branca desce do céu

Estava bem escuro. Aí nós viro (sic) bem na frente de nois (sic) um fio de luz branca muito fino (pelo gesto que fez com os dedos, não passava de meio centímetro de espessura) e brilhante que veio direto do céu até o chão”. Olharam para cima e não viram de onde vinha a luz. “Não havia nada lá” que a emitisse. “De repente a luz foi aumentando o seu tamanho (diâmetro) até cobrir toda a família e além, para frente e para trás de nois”. Talvez uns 6 metros de diâmetro (após novo gesto dele com as mãos apontando a área de início e do fim da luz). “A área ficou tão clara que dava para ver uma agulha no chão; não deixava nenhuma sombra nas pedras que estavam na estrada. Tudo estava iluminado como o dia.”

Ficaram parados com medo, esperando ver o que iria acontecer. Comentaram entre si que “era coisa de Deus de tão branca que era a luz”. O silêncio era total, não se ouvia pássaros e insetos (grilos, por exemplo) com seus barulhos normais à noite.

Ficou vários segundos assim. Depois, a luz começou a diminuir o diâmetro “até ficar tão fina como começou e aí apagou”. Olharam de novo para o céu e “continuava não tendo nada lá”.

Sobre a credibilidade da testemunha

Para mim, a credibilidade da testemunha (filho mais velho) com relação a este caso é de 100%. Muito discreto, conversa pouco e bastante trabalhador. Tanto o pai dele quanto ele e um de seus irmãos já trabalharam para mim; sempre foram muito corretos e humildes.

mapa municipio de Divino - Mg

Município de Divino – observa-se a rodovia BR-116 passando pelo mesmo, vindo de Realeza – MG. Note no mapa a sudoeste de Divino o município de Carangola. Na divisa entre os dois ocorreu o caso Divino que está documentado no site UFOLÓGICO .

⇒Caso 4 – Município de Rio Casca – MG – Objeto de perfil ovóide

Um casal residente em Brasília (ambos com nível de instrução superior) estava em viagem voltando para casa a partir do Rio de Janeiro e, ao invés de vir pela BR-040 (Rio-Brasília) resolveram subir pela BR-116 (Rio-Bahia) e no entroncamento dela com a BR-262 (Campo Grande – MS a Vitória – ES) em uma localidade denominada Realeza – MG, entraram em direção à Belo Horizonte. Entre as cidades de Rio Casca e Abre Campo, ambas em Minas Gerais, já estava escurecendo e resolveram pernoitar em Rio Casca. A distância entre tais cidade é de aproximadamente a 25 km (meia hora de viagem).

mapa via Rio casca a Abre campo

27 min (24,8 km) via BR-262. Observação: a distância entre as sedes de município de Rio Casca e Divino é de 126 km.

No mesmo evento, a histeria de um e a empatia do outro

As montanhas da região são de baixa altitude, quase colinas. Durante o trajeto, em uma curva –– viram um objeto de perfil ovoide, branco de uns 30 a 40 metros de comprimento, nitidamente, que passou a acompanhar o carro fazendo as curvas da estrada e as vezes sumindo atras de alguma montanha, mas lá na frente se encontravam novamente. Em determinado instante, em uma aproximação maior, a mulher ficou histérica e começou a gritar e a rezar. Seu grau de descontrole foi tal que o marido “dei um safanão nela e fiquei sacudindo-a até ela parar”. Então, depois disso, alguns instantes o objeto começou a se afastar.

Mas o marido, ao contrário, tinha admirado aquele objeto e “tive vontade de vê-lo novamente”, então, para seu espanto o objeto voltou e se aproximou do carro permanecendo na distância em que estava anteriormente. A mulher novamente começou a gritar e a rezar e o objeto que era visto até então só de perfil, alguns instantes depois, “inclinou-se lentamente de forma tal que era possível ver sua parte superior (e nitidamente fazendo uma “demonstração de como ele era”, na opinião do marido. Ele teve a mais clara sensação disto) e aí lentamente o objeto se afastou até sumir no céu já escuro.

O casal chegou ao hotel em Rio Casca e o marido comentou com o atendente o que tinha ocorrido com eles. O rapaz sorriu e disse que ver disco voador por ali não era nada incomum.

Sobre a credibilidade da testemunha

A credibilidade da testemunha com relação a este caso – 100%. Ao fazer a entrevista com a testemunha notei sua sobriedade quanto a prestação de informações. Ele estava absolutamente convicto do que viu, inclusive com detalhes, mas disse que a esposa entrou em estado de choque com a experiência, sempre negando que viu o objeto. Queria de todo o jeito esquecer da ocorrência. Ao chegar em Brasília, precisou de um psiquiatra para fazer tratamento e o fez por muitas sessões.

⇒Caso 5 – Município de Divino – MG – “um conjunto de luzes”

S. idade próxima a 18 anos na época, início dos anos 2.000.

“Só eu sei o que vi”

Certa vez estava chegando de bicicleta em sua casa ao entardecer, na área rural de Divino e ao se aproximar da casa viu “um conjunto de luzes (objeto) de poucos metros de comprimento, sem uma forma definida, e com luzes das mais variadas cores, pulsando, aumentando e diminuindo sua intensidade. Não fazia nenhum barulho”.

Ele se assustou, ficou com medo, desceu da bicicleta e ficou abaixado em um canto da estrada esperando ver o que aconteceria.

“Aquelas luzes (objeto) ficaram um pouco de tempo paradas no céu e depois seguiram sem muita velocidade até desaparecer no horizonte”. S. ficou impressionado com a quantidade de cores e disse que “só quem vê uma coisa dessas tem a certeza do que viu. Ninguém acredita em mim, mas não me importa. Só eu sei o que eu vi”.

Sobre a credibilidade da testemunha

Não sei da credibilidade da testemunha com relação a este caso. Tem o grau de instrução – primário completo. Morou no Rio de Janeiro por alguns anos. Embora eu não o conheça mais profundamente, acredito na sinceridade da exposição do caso, especialmente em relação a última frase de sua descrição.

Experiência pessoal, do pesquisador, com o fenômeno

O caso a seguir é um registro da minha experiência pessoal com o fenômeno, na posição de testemunha, ocorrido em 2020 na mesma região. De certo modo me constrange um pouco falar de ocorrências de OVNI’s quando eu sou a testemunha do Caso (e não um investigador), porque pode parecer aos outros que, pelo fato de eu estudar o fenômeno, talvez eu me influencie com tantos casos e então eu passe a ver “coisas” que são apenas produto de minha imaginação e divulgue isso como uma ocorrência efetiva.

No entanto eu formalmente declaro que o fato a seguir descrito ocorreu e assumo total responsabilidade pelo relato. Houve uma outra ocorrência que vivenciei, já relatada no site UFOLÓGICO em agosto de 2020 em que estávamos eu e mais três testemunhas.

⇒Caso 6 – Município de Divino – MG – “uma esfera de cor marrom”

Julho de 2020, não me lembro da data específica da ocorrência. No meio da tarde de céu claro e sem nuvens eu estava na área externa e nos fundos da minha casa (já mencionada) em área rural de Divino. A visão que eu tinha, por ser alto de montanha, era de um horizonte amplo à minha frente, por vários quilômetros.

O fato

Em um determinado instante tive a minha atenção chamada para o céu, e calculo a uns 40 metros de mim, no alto, em um ângulo de 30 graus em relação ao plano horizontal, sendo eu o vértice desse ângulo, vi uma esfera de cor marrom (de tonalidade média) como se fosse de metal polido por toda a sua superfície e que me pareceu ter uns 40 cm de diâmetro, talvez um pouco mais, não parecia girar sobre seu eixo vertical, não emitia luz nem tinha nenhum detalhe a mais, tipo uma antena ou aleta, etc. e refletia a luz do sol de maneira discreta; o brilho do sol refletido não era como se fosse feito por um espelho, embora, como disse, parecia ser feita de um metal polido.

Todos esses detalhes descritos são muito claros para mim. Quando vi a esfera, a impressão que tive era de que ela já estava por ali há algum tempo e havia passado sobre mim, em meu lado esquerdo, sem que eu tivesse percebido. Estava flutuando em movimentos suaves, mas precisos. Não parecia estar sofrendo o efeito do vento que é muito na região. Subia e descia em ângulos também suaves, mas constantes e planos. Não era uma trajetória (navegação) irregular.

Um balão?

Imaginei no princípio que poderia ser um balão de gás do tipo usado em festas infantis, mas de imediato descartei a ideia, primeiro porque eu estava há quilômetros de distância de qualquer habitação, em meio a uma área de natureza quase intocada e certamente não iria aparecer nenhum balão de festas por ali, tão “longe da civilização”; segundo porque a esfera era, com quase certeza, metálica e refletia de maneira discreta, como disse, a luz do sol em determinados instantes quando os balões de gás geralmente são foscos; terceiro porque os movimentos eram precisos, ainda que suaves e lentos.

A observação durou uns 4 a 5 minutos. Depois disto a distância da esfera tinha aumentado muito e a acompanhei até se tornar um ponto minúsculo no céu. Como não havia mais o que ver, me desliguei da ocorrência e saí dali não dando mais importância ao fato. “Estranhamente” não julguei relevante esse caso naqueles dias da observação.

⇒Caso 7 – Município de Carangola – MG e região

Em setembro de 2018, pude conhecer e entrevistar a testemunha de um caso ocorrido em julho de 1973, muito divulgado na época na região de Carangola e outros municípios da microregião, envolvendo algumas pessoas de uma mesma família, essa com boa situação financeira e projeção na sociedade local.

Confiança e credibilidade

Tal testemunha, ao saber que eu pesquisava sobre o fenômeno ufológico solicitou para uma de minhas primas, advogada, também amiga dele, que eu conversasse com ele porque, até então, ele nunca havia encontrado alguém que pudesse “encarar” sua história de maneira séria e profissional. Quando eu soube que ele gostaria de conversar comigo e eu sabendo quem ele era, aceitei de imediato e agendamos uma reunião em um fim de semana próximo.

Na época com 12 anos de idade, agora Delegado de Polícia, Chefe de Regional da Polícia Civil de Minas Gerais, portanto de responsabilidade muito significativa para relatar um caso ufológico.

O Caso

Juntamente com alguns membros da sua família estavam em uma pequena viagem de Carangola para Espera Feliz para visitarem uma exposição agropecuária – evento comum em vários municípios da região -, todos com perfil de produção agropastoril. A estrada era de terra e a distância a ser coberta era de aproximadamente 16 km. Era noite, faz frio na região nessa época do ano (julho); estavam em um veículo Ford Galaxy com 6 ou 7 pessoas a bordo, confortável e seguro, vidros fechados (por conta da poeira da estrada).

Um objeto pousado na estrada

A viagem transcorria normalmente até que em uma curva acentuada à esquerda (eu já visitei o local), cujo campo de visão na mesma direção é amplo e sem obstáculo por vários quilômetros, de repente um objeto (pousado na estrada) ascendeu um número imenso de várias luzes de cores variadas, para todas as direções e inclusive sobre o veículo que freiou abruptamente.

O que fazer?

Os que estavam no carro diante da surpresa com aquela situação ficaram sem saber o que fazer. Os faróis do carro não tinham nenhum efeito luminoso sobre o objeto que estava exatamente de frente para eles. O objeto então começou a subir silenciosa e suavemente. Ninguém saiu do carro durante a ocorrência.

Dezoitos segundos

Nesse momento do relato simulamos o tempo despendido pelo objeto, nessa ação, até ele desaparecer por detrás do morro (altura de mais de 120 metros a contar do nível da estrada) que estava à direita do veículo. O tempo até ocorrer o desaparecimento foi de 18 (dezoito) segundos.

Só surpresa diante do desconhecido

Procurei explorar mais algumas características da ocorrência como por exemplo, se alguém estava dormindo antes da ocorrência ou logo após ela e a testemunha não soube precisar, mas acredita que todos estavam acordados; se alguém sentiu frio ou calor durante a ocorrência e ele respondeu que não tinha essa resposta, mas acredita que não, porque tudo parecia normal; só muita surpresa de todos.

Perguntei se alguém teve algum comportamento estranho; euforia; alegria; tristeza; etc. e ele respondeu que todos estavam surpresos porque não faziam a menor ideia do que era aquilo. Nem sabiam que existiam “coisas” daquele tipo (nunca tinham lido a respeito).

Depois do objeto ter desaparecido por trás da montanha o motorista saiu com o carro. A testemunha não confirmou se foi preciso dar partida ou se o veículo ficou ligado todo o tempo da ocorrência. Seguiram viajem, não sem antes comentar sobre o que tinham vivenciado.

Como se tivesse tirado um peso dos ombros

Essa entrevista foi acompanhada por mais outras 9 pessoas dentro de um clima de absoluto silêncio durante todo o tempo. Havia um clima diferente no ambiente que eu nunca tinha presenciado para esse tipo de evento. Ao encerrarmos a conversa a testemunha agradeceu muito, como se tivesse tirado um peso dos ombros. Tantos anos com aquela situação “na cabeça” sem poder extravasar com alguém que ouvisse a sua história com sensibilidade sobre o assunto.

Sobre a credibilidade da testemunha

Para mim, a credibilidade da testemunha é indiscutível. Conheço outras pessoas que comentaram o caso, mas não foram testemunhas diretas.

⇒Caso 8 – Rochoso São João – Município de Divino – MG
Situação recorrente

A descrição a seguir não se refere a um Caso ou uma observação única e sim a uma situação recorrente, todas (ou quase todas) as noites ao longo de anos, notada pela primeira vez por volta dos anos 80. Esse fato foi comunicado a mim e a minha família, primeiramente por um empregado (parente longínquo) que residia no local à época (o mesmo local descrito no Caso Divino registrado no site UFOLÓGICO .

Vigilância noturna

A essa situação recorrente denomino de “vigilância noturna” e se refere a um objeto que vem do leste geográfico em uma altitude aparente de aproximadamente 2.000 metros até chegar nas proximidades do Rochoso São João (1.580 metros); chega até uns 500 metros dele, dá “meia volta” e retorna para o local de onde veio. As vezes faz uma curva fechada, embora suave, e retorna para o ponto de origem.

É uma luz amarela contínua (não pisca), como uma lâmpada acesa direta. Não há como especificar sua dimensão; não emite qualquer ruído e navega na velocidade de talvez uns 200 km/h o que é pouco para um objeto aéreo. Não se trata de voo civil ou militar; pois a rota aérea definida pela norma aeronáutica possui sentido vetorial perpendicular horizontal próximo a 90º ao do voo desse objeto. Aliás, o corredor de voo estabelecido pela mesma legislação foi exposto na descrição do Caso Divino acima mencionado. Além do mais, nenhuma aeronave dá “meia volta” sobre seu eixo, exceto helicópteros que sempre produzem barulhos característicos e, se assim fosse seu ruído, seria percebido indiscutivelmente pela distância da aproximação e do ponto de visão do fenômeno.

Isso é coisa do homem?

Na primeira vez que eu vi tal luz, alertado pelo empregado sobre a situação que estava sendo vivenciada naquele momento, ele perguntou: “Isso é coisa do homem?” e eu respondi: “Sim, mesmo que eu não saiba o que é” (embora para mim estivesse bastante clara a natureza da ocorrência, ou seja, não aeronáutica). O horário dessa “vigilância noturna” está entre 20:00 e 21:00 horas. Nunca fiz um acompanhamento sistemático de tais ocorrências relacionando data, horário, duração do voo, etc. por não permanecer muitos dias (noites, no caso) na minha casa quando estou por lá. Seria necessário ficar em um mesmo ponto de observação por algumas noites registrando o movimento do objeto.

A guisa de conclusão

Pudemos perceber o quão é importante registrar com atenção os depoimentos das testemunhas do fenômeno OVNI. O quão é importante para quem ouve e para quem fala. Aqui, tangenciando a história oral, permitimo-nos recuperar aquilo que, no mais das vezes, não é encontrado em documentos de outra natureza.

Um motivo a mais para valorizar tais relatos é a raridade do registro do fenômeno OVNI nestes momentos tão fortuitos. A reação emotiva das pessoas que viveram situações ocorridas em um passado distante e que a memória sempre alcança como se estivesse revivendo a situação, demonstra o quanto são impactantes tais eventos.

Os presentes relatos e reflexões não são conclusivos e apontam caminhos para novas discussões. Esse tipo de investigação e pesquisa insere-se entre aquelas que abordam os processos de produção do conhecimento sobre estudos da temática ufológica.

Pesquisa e relatório de Sergio F. Almeida
Edição de Wilson Geraldo de Oliveira

Compartilhe conosco sua impressão sobre os breves relatos aqui apresentados

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *