Por Donizetti F. de Melo1
No dia 09 de outubro deste ano de 2021, foi realizada uma pesquisa de campo no município de Cocalzinho-GO, iniciando em uma elevação geológica às margens da GO 070, conhecida na região como “O morro do Nilson”, coordenadas 15°45’55.2”S 48°43’32.7”W. Esse local foi escolhido originalmente pelos vários relatos de moradores locais que afirmam ser ali um “Hot Spot” de luzes misteriosas que surgem repentinamente, sobrevoam a região e subitamente desaparecem.
Há até mesmo relatos de perseguição por parte dos moradores daquela região e seus ancestrais, por varias gerações.
A pesquisa foi idealizada pela equipe GE-UFO/DF.2 Participaram da pesquisa o Professor Wilson Geraldo de Oliveira, Cipó Cristino Júnior, Sueli Brandão Borges e os recém chegados à Equipe: Niziel Basílio dos Santos e Donizetti F. de Melo.
Em comum acordo e após visita a alguns locais, incluindo Morro do Nilson no KM 62 e KM 50 da BR 070 onde fica a Fazenda Quebradão e próximo a esta, a fazenda Brejo dos Caetés, a equipe faz uma divisão de tarefas. Nesta ocasião foi entrevistado, com a presença de todos, o próprio Niziel que relatou experiência vivida por ele em outro momento3. Ficaram Donizetti e Niziel responsáveis por entrevistas locais e os demais seguiram para Vila Propício para outras entrevistas4.
Dentre os presentes, Niziel era o que conhecia a região desde há muito, por ser um nativo daquela cercania. Portanto, ficou encarregado de contatar um dos nativos já experimentado em relação à folclórica luz que aparece no Morro do Nilson e faz evoluções por um determinado trajeto. Passa pela fazenda onde mora o nosso entrevistado, protagonista de não apenas um, mas vários avistamentos e contatos imediatos do primeiro e segundo grau.5
O nosso entrevistado, o Sr. Florêncio Alves de Fontes é conhecido na região como “Lolô”. Um homem de 66 anos de idade, de hábitos simples, grau de instrução secundário e fácil acesso.
Ele mora com a sua esposa na fazenda do seu irmão João Alves de Fontes. Afastada 5 km da fazenda Brejo dos Caités, coordenadas 15°47’24.8”S 48°40’51.6”W, no município de Cocalzinho-GO e distante 18 kms daquela cidade. Região onde ele nasceu, se criou e vive até hoje. É de onde ele relata e afirma com riqueza de detalhes as aparições noturnas dessa misteriosa luz branca, de brilho fascinante, referida por muitos de lá como “A mãe do ouro”, “alma penada” e etc.. Por várias vezes surge acolá numa elevação geológica referida como “O morro do Nilson”. Se comporta como se estivesse patrulhando e/ou vigiando algo naquela região, sempre numa rota pré-determinada. Chega mesmo a se aproximar de forma assustadora, dos que por lá andam, durante a noite.
O seu Lolô é um pai de família, que aparenta bons modos e firmeza no falar. Cristão, conhecedor da fauna e flora daquela parte do cerrado. Não foi nele notado nenhum traço de sensacionalismo ou mesmo intenção de ganhar notoriedade pelo que fala e relata. Discorre sobre os fatos com segurança, clareza e seriedade.
Segue a transcrição da entrevista, originalmente gravada em áudio e vídeo.
Evento 01
“Meu nome é Florêncio , filho de Francisco Alves de Fontes e Benedita Generosa da Costa. Fui nascido e criado aqui, junto com o meu amigo e parceiro Niziel. Quando éramos crianças ouvíamos falar de luzes que apareciam. Antônio da Joana, Tomás Bento e o Sotero, todas aquelas pessoas antigas me diziam, desde os tempos de nossos avós. E a gente não acreditava porque a gente era menino.”
“Quando a gente foi crescendo, começamos a andar à noite e quando saíamos em busca de uma caça ou uma festa de folia, de vez em quando, víamos essa luz. Via ela de longe, ela se aproximava e apagava, se afastava e surgia novamente distante. Passado algum tempo, fui até um comício político que havia numa cidade distante 10 km daqui, chamada Edilândia. O comício era do Sr. Samuel, pai do Sr. Salomão aqui da fazenda Lagoa, que nessa época se elegeu prefeito de Corumbá de Goiás. (nesse tempo a cidade de Cocalzinho e Edilândia eram municípios de Corumbá). Eu era menino nessa época, tinha 17 anos, molecote, e ao voltar do comício, isso já era umas 3:00h da manhã, foi a primeira vez que a vi.”
“Saindo de Edilândia e pegando a estrada, ali na baixada, ao passarmos nas proximidades da fazenda do João Honorato, ela apontou lá em cima, no Morro do Nilson. Foi quando falei pro José Eurípedes: ‘Lá vem a luz!’ E ao invés dela descer pela estrada, desceu pelo cerrado, na cabeceira do rio, quando o José Eurípedes disse: ‘É um carro!’ E eu respondi que não poderia ser um carro, pois não havia estrada naquele lugar.”
“E ao chegarmos na citada fazenda ela já apontou lá em cima na fazenda do Daniel Cardoso. Quando ela chegou no sítio do Sr. Danielzinho Gago, há uns 50m de onde estávamos, ela caiu naquele pau d’óleo. (Nome popular da Copaíba) Ela caiu e clareou o pau d’óleo todinho. Ficou clarinho, clarinho, você via tudo lá no chão. Falei com o Zé: ‘olha aí a luz’ e ele falou: ‘é um carro’. E eu disse: ‘que carro moço? Carro cair desse jeito?!’.
Ficamos ali por um tempo e ato seguinte, ela se levantou de novo. Levantou e seguiu a gente. Fomos andando pela estrada afora e ela seguindo a gente. Só que ela subia, alta, aquela ‘tochona’ assim (simboliza com os braços um diâmetro de aproximadamente 60cm) e parece que tinha algo girando dentro dela. Chiando e fazendo um som estranho similar à um guizo. Ela abaixava em cima de nós e eu tentava pegar nela e ela subia novamente.”
“O Zé falou: ‘eu vou correr’ e eu disse: ‘então corre’, e ele correu um pouquinho e retornou. Me segurou enfiando as unhas na minha cintura e disse: ‘Se pegar eu, pega você também’ (risos). E nós viemos nessa luta, quando ela abaixava eu tentava alcançá-la com as mãos e ela subia novamente até chegar naquele cruzeirão (uma cruz de madeira grande e muito antiga) no morro em frente à fazenda do Daniel Cardoso.
Ao chegar ali ela se apagou e ressurgiu atrás desse morro. Seguiu até a estrada do velho Sr. João do Tomaz. Ao chegar em cima daquele monte de cascalho que as máquinas de pavimentação fizeram, ficou tudo clarinho, clarinho que você via até as pedrinhas pequeninas e em seguida apagou ali mesmo, despareceu.”
Evento 02
“Passados uns tempos, fui pescar na lagoa do Samuel e lá por volta das onze horas/meia noite, olhei na superfície da lagoa e vi o reflexo dela na água, ela estava na outra margem e se movimentava ao longo dessa margem apagando no final do percurso e reaparecendo no ponto onde surgiu. E isso foram muitas vezes.”
“Quando íamos embora ela nos seguia até chegar ali naquela descida do Félix, um pouquinho abaixo onde tinha aquele mato do Zezé do André, e ali ela apagava e você não a via mais. Mais se você quiser ver ela é só vir aqui (aponta para o percurso entre a fazenda Brejo dos Caités e o morro do Nilson). Quando a gente vem da igreja, sempre eu vejo ela aqui.”
“Esses dias atrás voltando da missa eu e a minha esposa Maria a vimos. A gente vinha de moto e quando passamos ali naquela terra arada ela apontou lá no morro do Nilson e quando chegamos um pouco pra baixo daquela cancela, naquele corredor, eu parei a moto. A mulher disse para eu não parar, mas mesmo assim resolvi parar e observar a luz. Ela veio até bem pertinho de mim e depois se afastou. Lá longe ela subia e descia. Depois se afastou e apagou. A gente vê ela direto aqui, é só andar às meias-noites e madrugadas.”
Quando o Niziel pergunta ao seu amigo Lolô desde quando ele vê o fenômeno, ele responde que o presencia desde os indos de 1.975. Ele diz que “qualquer um que chegar aqui na região e perguntar aos mais antigos, todos dão notícia dessa luz…e é uma coisa que ninguém nunca descobriu o mistério dela. Uns falam que é a mãe do ouro, outros falam que é um não sei o quê, que é uma ilusão, uma alma penada. Eu não acredito em alma penada porque não existe isso, a bíblia diz que não existe… então é um mistério isso. São coisas que não se consegue provar nada, às vezes você vê coisas e ouve barulhos estranhos que não se consegue explicar.”
Um roteiro conhecido
“A luz tem um roteiro conhecido. Todas as noites ela nasce aí no morro do Nilson e segue por sobre a serra. Corta pelo meio do cerrado e desce rio abaixo, desaparecendo no final do roteiro e ressurgindo novamente no mesmo morro. Se você andar por aqui nessas altas horas, por volta de meia noite, você vai ver ela. Pode ser qualquer um de nós, que vê ela nessa região.“
O Sr. Lolô, quando perguntado se ele sabia de alguém que teve um contato mais próximo com essa luz ou mesmo foi atacado ou sentiu alguma coisa após o contato, ele respondeu que não. Em seguida relatou outro contato com a luz onde notou outro fato intrigante.
O fato aconteceu numa vez em que ele acompanhou um senhor chamado Israel que vinha ali de um lugar chamado Capoeira grande. Quando eles atravessavam a pista, ali perto de onde morava o Marinho Pereira, a luz apareceu pra eles. Chegou bem perto e o seu Israel estava com uma lanterna, com uma carga de pilhas novas. Ele apontou a lanterna na direção da luz, mas a lanterna não funcionou. Segundo ele, parece que a “força” das pilhas da lanterna não conseguiu focar a luz.
Certa vez, um amigo, o Sr. Aldo Marin lhe contou que ia para Cocalzinho à noite, numa bicicleta com farol e ao subir o morro pra ganhar o horizonte na estrada principal, ele avistou a luz que surgiu lá no já citado Morro do Nilson e veio em sua direção.
Determinado que estava em não arregar, ele decidiu continuar seu trajeto rumo à cidade enquanto a luz se dirigia diretamente a ele. Em um determinado ponto ela se aproximou tanto que ele se preparou para a colisão iminente. Mas não aconteceu, pois a luz se apagou e novamente apareceu no morro onde surgiu.
Evento 03
“Uma vez, eu trabalhava ali no “Mata gado” e fui ajudar o velho João que estava com uma tropa lá no Cocalzinho, à noite. Eu o trouxe até ali no Rosalino e depois segui a pé. Quando cheguei ali perto do Zezé do André, ali no velho “Francisquinho”, ela nasceu(surgiu) dentro daquele quintal dele. Você lembra (Niziel) que ele tinha um pezão de lima na frente da casa?!”
“De cá da estrada, ela nasceu lá, aquela “tochona” de fogo (mesmo gesto anterior com os braços em círculo). Daí ela levantou e veio no meu rumo outra vez, chegou pertinho e pensei que ela fosse passar por cima de mim. Mas, veio até ‘certa altura’ assim, desceu pro lado de lá do asfalto e eu desci olhando ela até chegar ali na ponte que atravessa pro facão. Lá não tinha a casa da dona Maria. Tinha um monte de pedras lá. Alí ela desceu, só que grandona assim (gesto citado acima). Ela ia descendo e diminuindo, descendo e diminuindo até ficar só uma bolina assim (gesto com os dedos) e ficou ali por uns 5 minutos, depois ela apagou.”
Entrevista conduzida por:
Donizetti F. de Melo: Brasileiro, Goiano, Gestor ambiental, Projetos em Metal mecânica, Pesquisador do fenômeno OVNI desde 1.981 e cidadão do mundo.
Em parceria com:
Niziel Basílio dos Santos: Brasileiro, Goiano, Administrador de empresas, Consultor em Segurança do trabalho e testemunha do fenômeno, objeto do relato.
Notas:
1 – Veja referência acima sobre o autor.
2 – GE-UFO-DF (Grupo de Estudos Ufológicos do Distrito Federal)
3 – A entrevista pessoal de Niziel, muito interessante, colhida no KM 50 da BR 070, será objeto de publicação posterior.
4 – Várias entrevistas foram feitas na Vila Propício, às quais serão oportunamente objeto de publicações.
5 – Veja detalhes sobre várias tabelas de classificação de contatos no link a seguir https://ufologico.com.br/escala-de-hynek/
Relato muito bom.
Leitura de linguagem prazerosa, relato com riqueza de detalhes, muito bom mesmo.
Ficou pra mim quase que uma brincadeira entre o OVNI e o Lolô.
Quantos novos aspectos nessa interação.
Fascinante a coragem do entrevistado!!!!
E esse relato me deixa a mensagem de que vale a pena vencer o medo e tentar um contato mais próximo.
Parabéns aos autores!!!
Obrigado Sueli, pela gentileza e estímulo!
Relatos muito interessantes. É impressionante a frequência das aparições da bola de luz e seu comportamento inteligente.
Penso que devido a frequencia e continuidade do fenomeno.
Deveríamos tentar um contato, da mesma maneira que fiz na serra da beleza e obtive sucesso. So que ao invés de laser usar um pisca pisca (luz pulsante, vermelha ou branca).Em um local pré determinado montaríamos o pisca pisca e num local mais distante montaríamos uma câmera fotográfica e uma filmadora e esperaríamos. Segundo o relato da upupi (piaui) é comum essas luzes( sondas) perseguirem pessoas que carregam lanternas no mato. Relato também confirmado pelo Baraky Werner de Minas Gerais. Mostrarei na vigília que faremos em Abaeté e vc poderia repetir caso esteja junto.
Obrigado pelo post Theodorakis. Gostei da estratégia da “isca” da luz pisca -pisca.
Boa agregação!