Por Niziel Basílio dos Santos,
Meu nome é Niziel Basílio dos Santos, tenho 51 anos de idade, moro em Goiânia, Goiás. Tenho formação em administração de empresas pela Universidade Federal de Goiás, Técnico em Farmácia pela instituição Oswaldo Cruz e Técnico em segurança do trabalho pelo Senai. Nasci e permaneci, ate os 14 anos, no meio rural, num local conhecido como fazenda Brejo dos Caetés, localizado no Km 50 da Br 070, que liga Cocalzinho de Goiás a Brasília.
Experiências que marcam
Quando criança, ouvia com frequência dos avós, tios e vizinhos relatos de uma luz misteriosa que aparecia para as pessoas à noite. Aparecia nos cumes dos morros, aproximava ou seguia as pessoas, apagava quando estava bem próxima e reaparecia no cume dos morros novamente. Lembro-me de uma vez, ainda criança, estar na garupa do cavalo do meu tio, no percurso entre Cocalzinho e a fazenda Brejo dos Caetés.
A luz apareceu no cume de uma serra. Ficava pulsando, uma luz branca. De repente apagava, reaparecia no cume de outra serra, e meu tio dizia: – “ Olha lá a luz”.
Caçada surpreendente
Sou o quinto filho de sete irmãos. Família carente, onde o desafio era assegurar o alimento básico diário (arroz + feijão). As fontes de proteínas provinham da criação de animais domésticos (algumas galinhas e/ou porcos) ou da caça de animais silvestres.
Certa noite, saímos pra caçar tatu. Fazíamos isso frequentemente, e os recursos utilizados por nós neste tipo de caça era apenas os cães, enxadão, faca, facão e lamparina. Caçávamos sempre a pé.
O ano era 1982. Éramos quatro companheiros: Eu ( 12 anos), meu irmão Nilton (15 anos) os irmãos Carlos e Beto (13 e 16 anos respectivamente). Tínhamos uma matilha com 8 cães. Às três horas da manhã aproximadamente, estávamos no cume de uma serra, na área da fazenda conhecida como Quebradão, distante 5 Km da fazenda Brejo dos Caetés.
Nesta serra havia uma estrada velha esburacada, que dava acesso ao Km 50,5 da BR 070. Naquela época essa estrada encontrava-se desativada e o acesso a BR 070 estava bloqueado por uma cerca de arame. Os cães haviam encontrado e colocado na toca um tatu, toca essa localizada a uns 50 metros desta estrada velha.
Cavamos por horas e não obtivemos êxito. Por fim, desistimos daquela caça e partimos pra outra, passando então a descer a serra, a pé, através daquela estrada velha e esburacada.
Por volta das três horas da manhã estávamos descendo a serra por essa estrada velha, após desistirmos da caça. A matilha de cães descia na nossa frente. De repente, apareceu lá embaixo na estrada, à aproximadamente 400 metros, uma luz branca, semelhante a um farol de carro. Surpresos que ficamos paramos imediatamente. Até os cães, ficaram todos parados na nossa frente.
Divagando sobre a natureza da coisa
A luz apareceu lá embaixo, no inicio da serra, e veio subindo lentamente pela estrada em nossa direção. Olhávamos um pro outro e dizíamos, quem ou o que vem lá? A primeira possibilidade que passou por nossas mentes foi um carro. Mas imediatamente concluímos a impossibilidade de um carro transitando naquele horário, numa estrada velha, esburacada e desativada, cujo acesso à BR 070 estava bloqueado.
Outras possibilidades passaram por nossas mentes: seria algum peão de fazenda armado, vindo ao nosso encontro imaginando se tratar de ladrões de gado? Uma bicicleta com farol? Mas a medida que a luz se aproximava tivemos a certeza de que não se tratava de carro (não havia ruído de motor). Estava muito baixa e próxima do solo (aproximadamente 50 cm) pra se tratar da luz de uma lanterna de algum peão de fazenda ou farol de bicicleta.
Estávamos ali parados e atônitos. A matilha de cães, normalmente agitada e barulhenta, agora, igualmente paralisada e em silêncio à nossa frente, e uma luz branca, de aproximadamente 60-70 cm de diâmetro vindo lenta e silenciosamente em nossa direção. A medida que foi se aproximando concluímos quase que instantaneamente, “É A LUZ”! (sobre a qual sempre ouvíamos relato).
A fuga
Neste momento um misto de medo e curiosidade tomou conta de nós. Eu e meu colega Carlos queríamos correr dali. Meu irmão e o Beto queriam esperar e encontrar com aquela luz. Eu dizia:
– Gente, vamos correr! Vamos sair da estrada e embrenhar pelo cerrado!
E eles ali, parados e decididos a encontrar com a luz. Quando ela estava bem próxima da gente, cerca de 80-100 metros (uma luz branca variando as vezes em tom leve de azul), impulsivamente saí em disparada. Lembro-me que disse:
– Se vocês quiserem ficar que fiquem. Eu vou correr!
Sai dali correndo acompanhado prontamente pelo meu colega Carlos, deixando para trás meu irmão Nilton e o Beto, que após alguns segundos também nos acompanharam em disparada. Embrenhamos cerca de 300 metros pelo cerrado escuro, tropeçando em pedras e batendo em árvores, e nos escondemos em uma grota ( cavidade na encosta de serra ou de morro provocada por águas de chuva), de onde só saímos após passados uns 30 minutos. Dali fomos direto pras nossas casas, encerrando a caçada naquela noite.
Novas informações
Semana passada comentava com meu irmão sobre esse fato, presenciado por nós naquela noite há cerca de 40 anos atrás. Rimos juntos de tudo aquilo e, ao dar sua versão dos fatos ele disse:
– Uai, não foi assim que aconteceu! Vocês correram e não viram o que eu e o Beto vimos. A luz aproximou bem perto e de repente subiu, passou por cima da gente, e ficou assim de lado, fazia um barulho estranho (um som chiado), dai saímos correndo também.
Nota do autor:
Cresci junto com o Florêncio, conhecido como “Lolô” ( 16 anos mais velho que eu). Até hoje temos uma relação de amizade muito boa. Ouvindo nossos relatos pode parecer que a aparição desta misteriosa luz na região seja um fato muito comum, frequente, fácil de ser constatado. Mas é bom lembrar que, num período de 40-50 anos, o Lolô presenciou a referida luz apenas umas 3-4 vezes, e em 14 anos, a vi apenas duas vezes (quando criança, de longe e quando adolescente nesse relato acima). (Clique aqui para ver o relato do Sr Florêncio).
Nota do editor:
No dia 09/10/2021, em visita ao Município de Cocalzinho – GO, a equipe de campo do GE-UFO-DF(1), da qual faz parte este editor, teve o prazer de conhecer o autor do relato acima Niziel Basílio dos Santos.
A ocasião não poderia ser mais oportuna para convidar a fazerem parte de nossa equipe, o autor desse relato Niziel Basílio dos Santos e Donizetti F. de Melo, também autor de RELATOS DE OVNIS – COCALZINHO – GO recentemente publicado.
De pronto eles aceitaram o convite para a satisfação de toda a equipe do GE-UFO-DF.
Como sempre incentivamos os participantes do grupo a publicarem no ufologico.com.br seus relatos de experiências ou relatos de terceiros, investigados por eles mesmos. Assim sendo, cá estamos com mais uma contribuição que amplia o conhecimento da rica casuística ufológica brasileira e em específico, no caso das contribuições dos dois autores citados, a casuística Goiana.
Nota:
(1) – GE-UFO-DF – Grupo de Estudos Ufológicos do Distrito Federal , atualmente Grupo UFOLÓGICO – DF, Brasil. Têm o site ufologico.com.br como laboratório de publicações e dispõe do uso da marca UFOLOGICO com registro no INPI, Processo nº: 923381660.
Vocês procuraram novamente em 2021?
Boa tarde, Simone! Até há algum tempo não tinha curiosidade e nem havia questionado sobre o que poderia ser aquela luz. Depois de conhecer o Donizete ( curioso e pesquisador amador sobre os fenômenos ufológicos) passei a nutrir interesse por esse tema. Então, respondendo a tua pergunta, estamos planejando sim fazer umas vigílias por lá. De repente damos sorte. Agora o ideal seria uma vigília de no máximo 2 pessoas, pois todos os casos de aparições ocorreram pra uma ou duas pessoa. Nossa experiência foi uma exceção.
Esta região há muito é rica em ocorrências ufologicas. Acredito que ainda hoje deva ser.
Boa tarde, Patrícia? Sim, no que se refere a essa luz misteriosa, sim. Ela é muito conhecida por lá, sobretudo pelo pessoal mais antigo, que andava muito a cavalo, a noite e tinha mais o hábito de observar as coisas . A.geracao atual vive uma vida muito rápida e agitada, parece não ter tempo ou curiosidade pras essas coisas
Eu já vi essa referida luz. Morei na divisa entre Pirenopolis e Cocalzinho, em cima de uma Serra , na várzea do lobo. Ela parece com uma chama de fogo de um azul bem claro, vista de longe parece ser branco. Ela tem uma forma de bola. Quando vi se deslocava em a velocidade de cruzeiro de 40 km por hora. A uma altura de 6 metros do chão. A distância do local que a vi era de aproximadamente 30 metros.
Boa tarde,amigo Bruno! Somos conterrâneos, rs…rs . Entao vc também já viu a referida luz?! Interessante e intrigante o fenômeno dessa luz, não é mesmo? Muitos dos nossos conterrâneos ( sobretudo os mais antigos) também já a visualizaram. Os relatos do comportamento dela são muito semelhantes. Quem sabe numa vigília por lá conseguimos vê-la novamente? E agora, com uma perspectiva e olhar diferentes. Grande abraço !!