Por Wilson Geraldo de Oliveira
No dia 09/12/2024 iniciamos às 20:30h mais uma vigília para acompanhamento e registro de ocorrências de UAP (unidentified anomalous phenomenon) a partir do que convencionamos chamar de ” mirante ufológico de São Sebastião da Aldeia” na rua F número 240, um espaço em construção na comunidade de São Sebastião da Aldeia, município de Abaeté, MG.
Não é nossa intensão no momento tratar do projeto como um todo, iniciado em 15/12/2023, quando, desde então, temos feito vigílias todas as noites, com registros de UAPs, à medida que o clima oferece as condições ideais. No próximo dia 15/12/2024 encerramos esta etapa para uma avaliação de conjunto. Nosso último registro fotográfico na noite do dia 09/12/2024 foi as 22:22h sem registro de UAP nesta última imagem _DSC8958. O último registro UAP foi as 22:15h imagem _DSC8957.
Breve relato e algumas ocorrências típicas:
Utilizando apenas uma máquina fotográfica SONY NEX C3 com filtro IR e tripé, uma cadeira, uma garrafa d’água e alguns aplicativos de celular para identificação de dados celestes e movimentação do espaço aéreo, demos início à mais uma vigília de observação e registro já bastante previsíveis, apontando a câmara para o azimute 210º Sudoeste, direção coincidente com a planta de carbonização da empresa Vallourec.
No campo de fundo de registro fotográfico com uma lente aberta ao infinito 18mm, pode-se ver na primeira imagem de destaque à direita do observador, o Planeta vênus, numa elevação de 20º da linha do horizonte, aproximadamente, e azimute 250º. A região celeste do planeta Vênus é a direção da constelação de Capricórnio e segundo o theskylive.com apresenta uma magnitude -4.26 como pode ser visto nas primeiras imagens do dia de hoje. Veja link de acesso às imagens originais ao final.
À esquerda, a aproximadamente 210º de azimute, a planta de carbonização (vulgo carvoaria) da empresa mineradora Vallourec que, nesse momento, emite tufos de fumaça. O resultado dessa emissão é uma sensação desagradável de toxidade do ar que respiramos. Nessa hora da noite, bem como em épocas mais frias do ano de maio a julho, a fumaça desce para as regiões mais baixas e frias, em direção às águas desse braço da lagoa da represa de Três Marias, em cujas margens estamos nós junto à comunidade de pescadores de São Sebastião da Aldeia comumente chamada, simplesmente, “Aldeia”.
Sem fumaça, um paraíso, com fumaça, um inferno para muitos, principalmente para quem trás consigo históricos de diagnósticos de problemas respiratórios tão comuns para a maioria dos moradores, já na terceira idade.
Um esforço de negociação vem sendo feito entre a comunidade e a empresa multinacional no sentido de reduzir o impacto da queima do eucalipto para as comunidades de moradores e frequentadores da região. A promotoria local tem mediado essa relação que começou com diálogos interpessoais com responsáveis locais, passando por denúncia no Ministério público federal, Ibama e Secretaria de Meio Ambiente.
É fundamental que se discipline o processo de queima da madeira já que se entende que o plantio nas proximidades da lagoa não pode ser evitado. A água atrai pessoas para os seus vários usos além do pescado e favorece o turismo na região. O turismo pode gerar sustentabilidade econômica e vida saudável e o plantio de eucalipto e exploração do carvão vegetal, pode? Até onde estes usos são conflitantes?
Pode parecer estranho o link, no mesmo texto, de questões relacionadas a UAPs e problemas de natureza ambiental. Mas, são desafios vividos em nossa comunidade, para onde voltamos, após 40 anos, em busca da família e de qualidade de vida. É importante informarmos e também buscarmos soluções para os problemas na sua totalidade. Afinal, como explicar ao leitor a fumaça presente nas imagens? A omissão desse particular de lutas locais contribui para a compreensão do problema em foco?
O nível das águas da lagoa tende a subir a partir de agora, com a retomada do ciclo das chuvas. A movimentação de frequentadores se intensifica apesar do período de defeso da pesca na região. Isso tudo tem sua importância também para o testemunho de avistamentos de UAPs por frequentadores e moradores, como já publicamos no ufologico.com.br .
Voltemos às imagens da noite.
Desde o início da noite, antes de fazermos qualquer imagem, passando pelos primeiros registros iniciados com a imagem _DSC8926 às 20:30h em destaque, a fumaça intensa ao fundo, na região de eventos, pode ter impedido a visualização e portanto, até aí, ausência de registros de UAP. O primeiro registro de UAP foi feito às 21:01h, imagem _DSC8932, o fenômeno se apresenta um pouco a direita e acima da árvore que se interpõe ao ponto de observação e a planta de carbonização. Adotamos estas referências mais próximas para descrever o cenário porque já verificamos que o fenômeno está em alguma camada da atmosfera, alhures e não nas proximidades.
A primeira luz registrada torna-se visível e intensifica o brilho rapidamente, de tal forma que ao disparar a máquina o sensor vai registrar um ponto já de alta intensidade luminosa que segue o seu percurso. Tudo acontece muito rapidamente, alguns segundos. O ponto inferior é, então, o início do movimento em sentido ascendente e tende a reduzir a intensidade do brilho à medida que sobe, um pouco inclinada à direita, em sentido oeste até desaparecer.
A imagem _DSC8933 às 21:21h mostra o planeta vênus pouco visível devido a intensidade da fumaça. Uma camada de nuvens parece contribuir também para sua pouca visibilidade, mas, a partir daqui a intensidade da fumaça não vai nos permitir tê-lo como referência visível até o final da vigília. Não foi visto e/ou registrado UAP nesta imagem.
A imagem _DSC8940 21:29h após várias outras com semelhante intensidade de fumaça e ausências de UAP, mostra um UAP discreto em parte devido a fumaça e na _DSC8941 21:31h uma outra luz aparece com mais intensidade de brilho e foi registrado em boa parte de seu percurso ascendente com inclinação no sentido sul.
O tempo de exposição para as imagens nesta data variou de 13 a 20 segundos com abertura em f/3.5 e ISO 400.
Os registros de _DSC8942 21:34h até _DSC8948 21:56h apresentaram UAPs de baixa intensidade luminosa mas, visíveis a olho nu e movimentos verticais e horizontais(vejam no drive). A _DSC8945 21:46h apresentou uma aeronave, 3 (três) UAPs sendo o primeiro mais alto em sentido sul > oeste ou esquerda > direita, os dois abaixo surgem em pontos próximos e se movimentam de oeste para sul ou direita < esquerda.
Rotas de aviões da Gol e Azul Brasilia > Rio > Brasília e Uberlândia > BH > Uberlândia são comuns nessa direção e aparecem nas imagens _DSC8945, _DSC8948, _DSC8949 e _DSC8950.
A imagem _DSC8949 às 21:57h além de mostrar uma aeronave GOL GLO2075 RIO(GIG)>>BSB também mostra dois UAPs que se cruzam. O registro alcançou as duas um pouco antes do ponto de cruzamento até o final do seu movimento quando se apagaram antes de terminar o tempo de 15 segundos.
As imagens com registros mais evidentes a partir desse momento já por volta de 22h foram as _DSC8951 21:59h e _DSC8953 22:03h. A primeira com dois UAPs, um forte e em sentido ascendente à esquerda e um mais tênue em sentido descendente também à esquerda. A segunda imagem acima e também a última imagem com UAPs mais evidentes nesta data, apresenta um com brilho bastante intenso e com um percurso que durou os 15 segundos da exposição tendo ficado muito pouco fora deste intervalo de tempo.
Observando os tempos de visibilidade de cada UAP, podemos afirmar com tranquilidade que o tempo médio daquelas que ficam mais tempo visíveis duram entre 15 e 20 segundos. Raríssimos casos duram mais de 20 segundos e uma grande parte ficam abaixo de 15 segundos visíveis.
A partir desse momento houve um volume de fumaça muito grande que durou entre 10 e 15 minutos, que impediu de ver os últimos UAPs que podem ter se manifestado mais embaixo por trás da cortina de fumaça, próximo da linha do horizonte. A última visualização foi a _DSC8957 às 22:15h com um brilho bem acentuado mas com registro parcial em meio à fumaça intensa.
Uma avaliação do conjunto, em torno de 200 dias de registros feitos de 15/12/2023 até 15/12/2024, precisa ser feita para alcançarmos detalhes que podem apontar caminhos interpretativos. Seria de grande importância que profissionais com formação nas ciências do espaço pudessem nos ajudar no esclarecimento quanto a natureza destas “luzes”.
Talvez sejam novas tecnologias relacionadas a emissão de satélites. Mas isso não é resposta. É importante saber que tecnologias são estas que pululam nossos céus . A existência de características ao mesmo tempo diversas e com muitas regularidades não nos permite identificar como satélites, aeronaves convencionais, balões, drones ou outras tecnologias conhecidas.
Referencia:
https://theskylive.com/venus-info, visto em 12/12/2024
https://www.apolo11.com/distancias_no_ceu.php , visto em 12/12/2024
Imagens citadas no Drive: Identifique a pasta Dezembro-2024-SONY-NEX-CR-IR clicando aqui.
Contato: wilson@ufologico.com.br