Um farol para o espaço

Por Wilson Geraldo de Oliveira

Caso Romão (Relato)

Data: ano de 1967
Hora: Próximo de 3h da manhã
Duração: Aproximadamente 20min
Local: Abaeté – MG
Nome da testemunha: Romualdo Alves de Oliveira, (71) vulgo, Romão.
Profissão/Formação: Eletricista, hoje aposentado.

Cidade de Abaeté – MG https://abaete.mg.gov.br/cidade-abaete-mg/

Romualdo(doravante Romão), um jovem adolescente de 17 anos, voltava para sua casa vindo da casa de sua namorada por volta de 3 horas da madrugada. Ele não sabe precisar o dia do acontecido, mas nunca mais esqueceu o fato. “Só de pensar me arrepio todo,” diz ele mostrando os pelos dos braços.

Romão morava na Rua Rio Branco, 648 no Bairro Santo Antônio e voltava pela Rua 21 de abril. Na altura do cruzamento com a Rua Deusdedith Alves de Souza, repentinamente, aparece em sua frente um objeto com um formato semelhante a um farol de carro, com uns 30cm de diâmetro. O objeto estava rente ao chão a mais ou menos 30 m à sua frente no meio da rua de terra batida. Não havia asfalto naquela época.

A lâmpada ou superfície iluminada do objeto estava voltada para cima. E a luz podia ser vista como um facho uniforme, direcionado ao espaço acima do objeto. Não havia barulho algum.

Sincronia de movimentos objeto/testemunha.

Segundo Romão havia uma sincronia entre o movimento do objeto e o seu movimento. De tal forma que o objeto se deslocava à sua frente mantendo a distancia e velocidade constante. Se ele parava o objeto parava, se ele caminhava o objeto também se movimentava para frente.

No cruzamento da Rua 21 de Abril com a Rua Rio Branco, Romão deveria virar à direita. Ele pensava que o objeto seguiria em frente e ele iria embora. No entanto, naquele momento, o objeto parou no meio do cruzamento e Romão que estava inexplicavelmente preso a esta sincronia, também parou esperando que ele seguisse em frente.

Ele iniciou sua caminhada novamente e para sua surpresa o objeto, como se adivinhasse a direção que ele seguiria virou na Rua Rio Branco. Dois cruzamentos de rua se seguiriam até que Romão pudesse chegar em casa. O objeto passou direto e parou no cruzamento seguinte coincidindo com a chegada de Romão que entrou logo em casa e fechou a porta.

Sentiu-se aliviado daquela situação e procurou deitar-se. No entanto, como não conseguia dormir, resolveu levantar-se e ir até a janela do quarto que dava para a rua e olhou na direção que o objeto havia seguido e lá estava ele, parado, no próximo cruzamento da Rua Rio Branco com a Avenida Joaquina de Pompéu.

Romão, voltou para dentro preocupado e ainda tentando assimilar todo o acontecimento.  Voltou a olhar novamente pela janela em direção ao objeto e ele já não estava mais lá.

A sensação de não ter sentido medo, mas sentir uma outra coisa, “uma situação em que o sujeito fica abobado” e a mercê da inusitada experiência, demonstra  um alto grau de estranhamento e um sentimento único, só sentido por quem viveu.

Romão, um dos filhos de Antenor (tocador de sanfona) e Cerila, conheceu e casou-se com Tereza em 1969. Mudou-se de Abaeté para Sete Lagoas, dois anos depois, onde teve três filhos e mora ainda hoje.

Tereza confirma o relato do esposo e diz que quando ele contou a ela essa história ele disse ter ficado com muito medo.

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