Por Tereza Cristina Albieri Baraldi
Testemunha 1: Sr Celso Perolisi Filho, educador físico, treinador de paratletas.
Local do avistamento: Marilia/SP
Duração: 2 minutos
Data: mês de junho ou julho de 1981 ou 1982.
Um pouco da biografia da testemunha 1
Nasceu em 1961, na região oeste paulista. Desde criança sempre foi “ligado nas coisas do espaço”, sempre foi uma criança diferente das demais, à noite olhava para o céu “buscando alguma coisa”, tinha muito déjà vu; sempre foi considerado meio “doidinho” pela família por gostar de assuntos do espaço, das estrelas, de seres de outro mundo. Muitas vezes, quando se deitava para tomar sol, sentia seu corpo crescendo, como se fosse um gigante, “como se algo puxasse seu espírito para cima”. Já adolescente, estudando e trabalhando, deixou um pouco de lado esses assuntos, embora continuasse lendo sobre ficção cientifica e atento às notícias das “coisas” do espaço. Tem um perfil humanitário, sempre foi solidário e fraterno com as pessoas. Treinador de paratletas (conhecido mundialmente), formou e treinou inúmeros paratletas premiados nas disputas nacionais e internacionais. Fundou uma ONG/ESCOLA para a educação e formação de paratletas em Marília/SP. É casado com C., que também avistou o OVNI, há mais de 40 anos.
O avistamento
Era noite, por volta das 20h30, estava no interior do seu carro, juntamente com sua namorada C. (testemunha 2), com quem se casou. Estavam comendo um lanche – na época havia um trailer de lanches nesse local, pouco habitado: era num terreno amplo, aberto, onde era comum as pessoas pedirem seus lanches e permanecerem nos seus veículos, visto que eram servidos neles, sem precisarem se deslocar até o trailer. Esse local fica muito próximo da atual intersecção da Rodovia BR 153 com a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP 294), até hoje é um local sem edificações.
De repente surge, no alto, de frente para o carro deles, um objeto voador, redondo, na forma de prato, com luzes brancas na volta toda dele – era nave espacial, que surgiu no céu, no sentido norte/sul (carro deles estava estacionado com a frente voltada para o norte). A nave aparentava medir 5 metros de diâmetro. Ao ver aquilo, Celso imediatamente saiu do carro e passou a acenar para a nave, que parou muito próximo deles.
Celso disse ter ficado muito feliz com o avistamento e queria fazer contato com algum ser que estivesse na nave; ela ficou parada aproximadamente 2 minutos sobre o carro deles. Ele relatou que a nave chegou lentamente como se estivesse procurando algo, e emitia um zumbido. Ao ir embora, fez um zumbido mais alto, sumindo a seguir, com rapidez.
Diferentes reações e o medo do ridículo
Celso afirmou que em nenhum momento sentiu medo, pelo contrário. Chamou a namorada C. que estava em pânico, no assoalho do banco do passageiro do carro, para vir para fora, mas ela estava com muito medo, gritando para ele entrar no carro, se recusando a sair.
Celso reporta, ainda, que naquele momento tinha vários carros estacionados nas imediações, mas ninguém saiu para fora – acredita que todos viram a nave, porém, a maioria saiu do local com seus carros, sem dizer nada. Ele acalmou C. e também saíram do local. Depois, ele e C. contaram para seus familiares sobre o avistamento. Ele se sentiu meio “anestesiado” com o avistamento no sentido de que queria contar para mais pessoas, mas temia ser ridicularizado. Com o passar do tempo, passou a contar para as pessoas de maneira geral, para os alunos, para os atletas, deixando de lado aquele temor.
A vida não parece ser mais a mesma
Logo depois do dia do avistamento, Celso e C. se casaram, foram trabalhar no estado do Paraná, tiveram filhos e há mais de 23 anos voltaram a morar em Marilia. Acredita que a vida deles mudou muito depois desse evento porque logo ele e a esposa passaram a trabalhar somente com o ensino (docência) e ele com pessoas deficientes.
Celso acredita piamente que os seres extraterrestres sejam seres do bem, que têm muito o que ensinar para a humanidade. Tornou-se mais espiritualista. Há pouco tempo, leu um livro que trata de espiritualismo e física quântica e lembrou do avistamento, que está muito claro, ainda, na memória dele. Ele acredita que existem mundos mais adiantados do que o nosso e que neles existe a felicidade plena. Afirmou, ainda, que acredita na história de Maria e José como seres muito elevados.
Sente que mudou muito, para melhor, depois do avistamento. Passou a fazer leituras sobre as questões dos mundos e acredita, piamente, que seres superiores passaram a orienta-lo principalmente há meses atrás, durante a pandemia.
Sonhos frequentes
Relatou que, na pandemia, não pretendia tomar a vacina; mas, certa noite sonhou que estava em um lugar quando chegou um ser, com aspecto humanoide, porém mais alto do que a média dos homens, e mesmo contra a vontade dele, lhe aplicou uma vacina no braço. Ele sentiu muita dor e acordou. A dor no braço permaneceu até o outro dia. Na noite seguinte, teve um sonho semelhante ao anterior, o ser aplicou uma vacina no outro braço, ele acordou com a dor da vacina e viu o ser no quarto dele: era muito alto, vestia túnica e capuz de cor amarronzada.
Reporta que, de cinco anos para cá, sonha todas as noites: bastando adormecer, já começa a sonhar que está ajudando pessoas, trabalhando e acorda sentindo cansaço. Ele não se lembra detalhes de todos os sonhos, mas se lembra de fragmentos deles.
Relatou que, meses atrás, era noite, ele e a esposa já deitados quando uma voz pedindo ajuda, dizendo coisas ininteligíveis passou a sair do tablet dele, que estava desligado, ao lado da cama. A esposa pediu para ele baixar o som, mas foi até o aparelho e ele estava desligado; em seguida, a voz sumiu.
Realização profissional
Se sente um homem feliz, só trabalha com pessoas com deficiência e os animaizinhos que se acercam dele são portadores de deficiência. Fundou a AMEI (Associação Mariliense de Esportes Inclusivos) há 22 anos, hoje a ONG é referencia nacional e internacional na formação de paratletas e acredita que esse despertamento para trabalhar com pessoas deficientes surgiu após o avistamento porque quando era adolescente afirmava sempre que tudo o que não queria era trabalhar com deficientes.
Testemunha 2
C. P.S. P. , pedagoga, mestre em educação. Esposa de Celso, testemunha 1.
C. relatou o avistamento quase da mesma forma que o esposo. Somente acrescentou que entrou em pânico quando viu aquela nave chegando n direção deles, que estavam dentro do carro de C. Relatou que havia vários carros no local, onde se serviam os lanches no próprio veículo, sem precisar sair dele. Estavam conversando quando viram a aproximação de uma nave, que era como essas que se vê em filmes; ela era redonda, de cor acinzentada, com luzinhas brancas ao redor. A nave parou próximo deles, ela entrou em pânico e se jogou no assoalho do carro, com muito medo. Celso saiu do carro com os braços para cima, acenando e ela ficou com mais medo ainda. As pessoas que também estavam no local fecharam os vidros do carro e ficaram estáticas. Ela ficou no chão do carro, mas a cena da nave junto do poste de energia elétrica, pertinho do carro deles, inerte, por quase 2 minutos, e depois a saída/sumiço abrupto dela está muito viva na lembrança dela até hoje.
Eles ficaram muito surpresos com o acontecimento, Celso não teve medo mas ela teve. Chegaram em casa e contaram para os familiares, que só acreditaram porque eles estavam juntos e relataram a mesma história, com a mesma emoção.
Ressaltou que não fumavam, não ingeriam bebida alcoólica e nem usavam drogas.
Ainda, afirmou que a nave era igual as que se viam em filmes e ela esperava que a porta dela iria se abrir e sairia ETzinhos de lá de dentro, mas não foi o que aconteceu. Celso dizia que ela gritava tanto que assustou os ETs. Ela se lembra que, na época, o jornal da cidade noticiou o avistamento. Acredita que tinha uns 8 carros no local e que todas as pessoas dentro deles viram a mesma coisa que eles. Reporta que foi um acontecimento muito marcante na vida dela e de seu esposo.
Após esse avistamento, a vida profissional dela mudou radicalmente: era administrativa e, de repente, tornou-se professora, mesmo sem formação específica (a formação ocorreu depois). A partir daí, até hoje, é docente. Depois desse acontecimento passou a se interessar muito mais pelo assunto e, agora, depois desta entrevista, afirmou irá acompanhar mais ainda as notícias sobre OVNIs.
Divergência entre as testemunhas
A única divergência que surgiu entre os dois entrevistados, que são testemunhas um do outro, foi com relação ao local do avistamento, ou seja, eles são convergentes no trailer de lanches, no terreno baldio onde permaneciam estacionados, na quantidade de veículos lá estacionados, horário e tudo o mais, porém na lembrança de C., o ocorrido foi na Av. Ipiranga, ao lado da linha férrea, próximo à saída da cidade (que era bem menor de tamanho do que atualmente) e Celso se lembra que foi no atual entroncamento das Rodovias SP 294 X BR 153; em ambos os lugares havia o trailer de lanches, cujos garçons serviam os clientes nos seus carros. Veja-se, abaixo, a fotografia atual de ambos os locais.
Obs: os locais distam aproximadamente 2 km um do outro (em linha reta)
Entrevista realizada por Tereza Cristina Albieri Baraldi, em Marília, no dia 27.12.2023, na residência do casal Celso e C., em Marilia/SP.