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FENÔMENO OVNI – DINÂMICA SOCIAL

Autor: Wilson Geraldo de Oliveira(1)

Natureza e procedência – Veja também no Podcast UFOLÓGICO

Qualquer proposição para o estudo do fenômeno OVNI (Objetos Voadores Não Identificados) envolve as variáveis natureza e procedência.

Supomos importante, em primeiro lugar, um conhecimento de sua natureza. Não podemos perguntar de onde vem “algo”, sem antes sabermos alguma coisa sobre a natureza desse “algo”, ou seja, ao observarmos alguma coisa desconhecida, primeiro perguntamos: – “O que é isso?” ou – “O que é aquilo?” Para respondermos qualquer destas perguntas, é necessário que falemos da natureza daquilo sobre o qual perguntamos . Respostas sobre a procedência do fenômeno observado, no estágio atual das investigações, não nos darão conhecimento da sua natureza. O contrário no entanto pode ser plausível. Em muitos casos, quando o objeto pode ser identificado, partiu-se de sua natureza, para em seguida considerar sua procedência, normalmente, terrestre. Então, respostas sobre a natureza das coisas, talvez possa sugerir um melhor direcionamento para o estudo dos vários fenômenos da categoria OVNIs no sentido de sua identificação, bem como, a partir daí, revelar a sua procedência.

Nota-se que é muito comum, no meio ufológico, a inversão dessa ordem, ou uma variedade conceitual de cunho místico associada a ela. O fenômeno dos Objetos Voadores Não Identificados – OVNIs, antes mesmo de qualquer análise ou verificação mais profunda, já recebe, avaliações e interpretações de cunho pessoal. Um tratamento sem preocupação com um mínimo de rigor metodológico por parte da maioria dos aficionados no assunto. Tais posturas, fazem com que o mesmo seja cada vez mais distanciado do interesse científico.

Os OVNIs são para a maioria desses aficionados,  independente de quaisquer investigações, considerados “aeronaves alienígenas tripuladas por inteligências superiores, ou a manifestação destas sob a forma mais acessível ao atual estágio de compreensão da humanidade terrestre”; E os contatados são, em muitos casos, “os eleitos“.

Muitos daqueles que se preocupam com o problema dos OVNIs, fazem-no, em primeiro lugar, movidos pela curiosidade acerca da origem ou procedência dos objetos que para a maioria, como já dissemos, têm que ser extraterrestres . Tal comportamento inviabiliza as interpretações possíveis para fenômenos de natureza terrestre (artefatos comuns). Antecipam assim, aquela que deveria ser a última hipótese, a dos artefatos extraterrestres. Se, como sugerimos, o conhecimento da natureza dos OVNIs pode determinar, o conhecimento de sua procedência, é preciso então, que se diga algo mais sobre o conceito de natureza associado ao tema.

O termo OVNI

Antes  de tratarmos do conceito de natureza, lembremos uma questão importante sobre o termo OVNI.

No início da chamada “era moderna dos Discos Voadores”, a comunidade ufológica em geral, aceitou o rótulo equivocado e apático, originalmente atribuído ao fenômeno UFO(2) por ocasião da implementação dos primeiros projetos sobre o tema. Especialmente os projetos americanos: Projeto Sign, mais tarde denominado Grudge, Blue Book e Condon, dos quais fizeram parte expoentes significativos da classe cientifica, infelizmente, tidos hoje, como responsáveis pela desqualificação do assunto no seu próprio meio.

Um nome técnico deveria exprimir a natureza do objeto nomeado, ou delimitá-lo minimamente. Percebemos, no entanto, que o termo Objeto Voador Não Identificado – OVNI, não é, nem um pouco, delimitante de coisa alguma. Exceto, com relação ao adjetivo voador, determinando-se tratar de um objeto que voa. Tal situação, no entanto, é aceita pela comunidade de ufólogos sob o pretexto de que o termo já se consagrou mundialmente.

O fato de se adotar um termo desprovido de sentido parece sugerir o grau de significância que se pretende para o assunto. Contrapondo-se a ausência de respostas, significados e importâncias, emergem as respostas fáceis: aquela variedade “conceitual” e inversão de valores baseada em determinantes místicos. Além disso, o próprio termo OVNI, mesmo que aceito por pesquisadores sérios, sugere finalmente, a existência de um objeto eternamente por conhecer. Isso coloca a ufologia como “terra de ninguém” absorvendo todas as gentes que nela aportam sem critério algum.

Sem a pretensão de um aprofundamento imediato da questão, mas a fim de acenar um direcionamento para esse raciocínio, reiteramos uma tentativa de síntese:

Natureza >>procedência =>>> dinâmica social

Trata-se da relação natureza>procedência e não da relação inversa, procedência>natureza determinando a possibilidade de conhecimento da dinâmica social do fenômeno OVNI.

O conceito de natureza

O conceito de natureza aplicado ao estudo do fenômeno OVNI, deve ser flexível e de sentido amplo. Não se pode definir os limites de uma natureza para o fenômeno OVNI hoje. O próprio conceito de natureza em determinados contextos pode dar margem a distorções. É preciso, no entanto, falar dela. Adiante tentaremos nos aproximar de uma contextualização para a natureza do fenômeno OVNI.

Hoje, ainda se pretende confundir balões meteorológicos com esse fenômeno cujas características são tão mais complexas. Apesar disso, conhecer a natureza de um implica conhecer a natureza de outro. Isto vale para toda classe de fenômenos que venham a se “confundir” com o fenômeno OVNI.

Além disso é necessário tornar esse conhecimento de domínio público. Por exemplo, a natureza de um balão meteorológico é perfeitamente possível de conhecer. Trata-se de um aparato construído para atender a funções específicas para nossa sociedade, como: “colher dados de temperatura, direção e velocidade do ar na atmosfera superior“(3) . E, quais são as funções ou as razões de existir dos OVNIs? Cada caso pode ser um caso. Daí é que temos a nominação dessa área de casuística ufológica. O que não significa que não possam ser agrupados por categorias para a compreensão de aspectos específicos, até uma compreensão global do assunto.

O conjunto residual de 6% (701)de 12.618 casos que não puderam ser explicados pelos projetos Grudge, Blue Book e Condon mencionados acima, podem se conformar em uma ou mais categorias. Porém, é marcante uma característica básica, o aspecto inteligente.

Qual será a natureza dos OVNIS se existem aí também, características inteligentes?

Observar e falar do comportamento dos OVNIs pode levar à descoberta de impulsos biogênicos? Todo organismo biológico possui características naturais, hábitos e necessidades próprias do organismo, os quais lhe garantem a vida. E tem também impulsos sociogênicos, as motivações para interações e as próprias interações sociais. Já é bastante claro que características inteligentes marcam grande parte de suas manifestações. Talvez se possa antecipar um paralelo com o conceito de natureza humana, no sentido de alcançar uma aproximação conceitual para a natureza de um fenômeno com características igualmente inteligentes.

Até a década de 40 uma das definições adotadas para Natureza Humana era segundo C.H. Cooley(1909), a de que “…a natureza humana não é algo que existe em separado do indivíduo, mas uma natureza que se desenvolve e se manifesta nos grupos simples, de relacionamento direto“(4) ; Foi por volta de 1949 sugerida uma mudança desse conceito aproximando-o do que gostaríamos de colocar como paralelo para uma definição conceitual da natureza do fenômeno OVNI, como fenômeno inteligente, passível de sociabilização em um determinado contexto: “Cada grupo e sociedade têm suas próprias necessidades características e outros modos característicos de expressá-las e satisfazê-las… por esse prisma, não há somente uma natureza humana, mas muitas, tantas quantas são os grupos sociais, as culturas e as sociedades“(5) .

Segundo Ehrich From “A natureza humana não é nem uma forma total das tendências biologicamente permanentes e inatas, nem uma sombra sem vida dos padrões culturais … Possui um dinamismo próprio que se constitui num fator ativo na evolução do processo social“(6).

A expressão “natureza humana” tem gerado muita confusão e muitos problemas difíceis de serem resolvidos, chegando ao ponto de ganhar sugestões de vários estudiosos para ser excluída do vocabulário científico.

Entretanto, “Duas soluções são possíveis, uma acha-se em T.M. Newcomb, que pesquisou o problema e concluiu: ‘A afirmação mais completa que pode ser feita a respeito da natureza humana característica é que os humanos têm uma enorme capacidade para adquirir motivações‘ (…) A outra acha-se em L. Wilson e W. L. Kolb, que fazem distinção entre natureza originária e natureza humana. A primeira consiste na ‘totalidade de características que o organismo possui ao nascer e mais aquelas que são desenvolvidas mais tarde através do processo de maturação biológica‘; a última é essencialmente a personalidade individual, porque, ‘excluída da sociedade, a natureza originária não se pode transformar em natureza humana. Os elementos da natureza originária são condições necessárias da personalidade … mas essas condições não bastam, pois sem o processo de socialização elas devem permanecer como potencialidades não realizadas“(7).

Nestas duas soluções propostas para uma definição de natureza humana, parece estar implícita uma relação conceitual bastante aproximada das expressões citadas anteriormente (impulsos biogênicos e impulsos sociogênicos). Estas soluções mostram como identificar tais impulsos.

O fenômeno OVNI é dotado também de um dinamismo muito peculiar, sugerido pela interação com aeronaves, grandes centros urbanos, comunidades menores, indivíduos isolados, localidades geográficas específicas, grupos sociais, etc. Seu dinamismo criou, já, historicamente, uma teia de relações. Se pudermos visualizar objetivamente as razões, as motivações que levam a essas interações e as características das interações, poderemos transcender as aparências do fenômeno OVNI e entender sua dinâmica social. Assim, estaremos nos aproximando de um objeto identificado, e não mais um OVNI.

Esse processo de acompanhamento gradativo das características aparentes e interativas dos vários fenômenos da categoria OVNIs, deverá dar conta de uma natureza hoje desconhecida em sua totalidade. Ou, no mínimo pouco sistematizada.

Por isso as elaborações teóricas sobre artefatos comuns, como balões meteorológicos por exemplo, devem ser trabalhadas e divulgadas ao grande público. Trata-se de esclarecer a opinião pública, capacitá-la, fornecer subsídios à população para que ela própria possa discernir entre um e outro fenômeno. Assim, para a sociedade é tão importante saber sobre balões e fenômenos atmosféricos, quanto sobre possíveis aeronaves, terrestres ou extraterrestres. Pois antes de conhecer sua natureza todos eles se confundem no que se convencionou chamar fenômeno OVNI. O que afinal nada mais é, até aí, que um fenômeno desconhecido.

É necessário provocar uma interação social e acompanhá-la. Nessa interação o sujeito é a sociedade da qual o pesquisador é parte. As discussões acerca do fenômeno devem ser feitas abertamente. O conhecimento adquirido, sendo reciclado permanentemente, valorizando-se, aí, os dados provenientes da cultura popular.
Isto, se a finalidade do estudo dos OVNIs for esclarecer a população, possibilitar o conhecimento de um fenômeno que sabe ser também fugaz e furtivo(8). Entendemos aqui, fugacidade e furtividade como alguns dos aspectos inteligentes característicos.

É sabido que o fenômeno traz conseqüências várias, tanto em nível individual (p.ex. causando lesões e assustando habitantes ribeirinhos de regiões isoladas) quanto em nível grupal ou social, (quando pairam por sobre pequenas cidades e rodovias movimentadas – Rio Bonito e Casimiro de Abreu/RJ-1991; sobre grandes cidades – São Paulo – 1990/1991; com o surgimento de UFO-Cultos, seitas ou grupos pseudo-religiosos organizados em base ideológica autoritária e etnocêntrica) (9)

O conhecimento desse fenômeno envolve, evidentemente, o conhecimento de tudo quanto possa assemelhar-se ou relacionar-se a ele. Se falamos de comportamento inteligente, por exemplo, o comportamento humano é, sem dúvida, parâmetro de análise. Essa é nossa forma de conhecer, comparando, relacionando, discernindo de outros eventos situações significantes, etc. Nestas semelhanças e diferenças ir-se-ão definindo suas propriedades.

Visões conspiratórias?

Faz-se necessário evitar visões conspiratórias tais como: “Os ETs estão manipulando mentes humanas”; “O planeta Terra será invadido pelos Discos Voadores”; Os E.U.A. pactuam com os tripulantes de OVNIs”; ou frases de efeito acompanhadas por exemplo de citações de profetas como Nostradamus ou de profetas modernos, etc. Nestas visões estão quase sempre implícitas hipóteses aparentemente infundadas de uma procedência extraterrestre e natureza puramente humana e terrestre.  Nós manipulamos, invadimos e conspiramos. Enfim, teorizar sobre a procedência de algo, sem primeiro buscar evidências que caracterize sua natureza não parece a melhor forma de se aproximar do real.

Esse é, sem dúvida, um árduo caminho para a temática ufológica e ciências auxiliares. Em primeiro lugar, creio que se deve preparar os potenciais e futuros protagonistas, informando-os passo a passo sobre o assunto, pois, em última instância são eles (a sociedade) que proverão os pesquisadores de seu material de estudo. Por mais que se deseje o contrário, ser pesquisador e protagonista do fenômeno sempre foi muito raro. E isso por si só, pode já apontar na direção da natureza inteligente do mesmo, mostra uma certa propensão à camuflagem ou despistamento.

Afinal, por que praticamente cem por cento dos pesquisadores só presenciam o fenômeno quando menos o esperam? Estaria o problema nos pesquisadores que raramente esperam? Estaria sua espera, quando ocorre, sendo feita sem critério de como e onde melhor esperar pelo fenômeno? E quais são estes critérios? São questões difíceis de serem respondidas objetivamente e sem considerações de cunho místico.

O auditório

A necessidade de se manter cheios os auditórios, em palestras e seminários sobre o tema, tem sido um outro problema. Embora a formação de opinião, o esclarecimento, deva se dar de forma aberta, no auditório universal. Isso, predispõe a uma redução qualitativa nos resultados desses eventos.

Promove-se um aumento de abordagens sensacionalistas e estimula os aproveitadores (“macacos de auditórios”), que passam a explorar um seguimento de mercado, sedentos de uma oportunidade para se lançarem a gurus. Assim, o auditório universal, a sociedade, ainda pouco esclarecida e presa fácil daqueles que oferecem respostas e soluções “fáceis”, torna-se cada vez mais alienada e alienante.

Podemos dizer, dos pioneiros dessa temática, que muitos deles, em início de “carreira”, agiram racionalmente e conseguiram, com originalidade, um bom desempenho e boa produção reflexiva sobre o assunto, principalmente nas décadas de 1950 e 1960.

Entretanto, o que se observa também é que para alguns outros, talvez em momentos de crises várias, às quais estamos todos sujeitos, tornaram-se vulneráveis por exemplo, à possibilidade de ganhar dinheiro e prestígio fácil. Utilizando-se da experiência ou do conhecimento adquiridos, aliado a uma boa dose de imaginação e à predisposição popular ao fantástico, estes indivíduos se comportaram sem um mínimo de vigilância epistemológica(10).

Sabemos que o fenômeno OVNI é sem dúvida nenhuma, muitas vezes fantástico. Esse adjetivo fantástico advém de características que se desdobram na hipótese de origem ou procedência do espaço exterior ou transcendente à nossa realidade terrestre imediata. Hipótese válida, mas, inadequadamente exposta à sociedade.

Esquecemo-nos, na maioria dos casos, da natureza do fenômeno. Desse estudo, poder-se-ia esclarecer uma série de incidentes realmente naturais, terrestres, e o que é mais importante, criar-se-ia, a massa crítica e condições para a delimitação do fenômeno e preparar-se-ia a sociedade para “relacionar-se” com ele.

Conclusão

Ao adotarmos uma postura voltada nestes termos para a natureza do fenômeno, espera-se que a própria sociedade proporcione as condições para sua libertação ou emancipação, deixando de ser fantoche em mãos oportunistas, caminhando com seus próprios pés, principalmente aqueles que estão diretamente envolvidos com a questão.

As considerações relativas ao problema do conhecimento, a sua aplicação prática, não se dão fora da sociedade, nem por imposição a ela como produto de projetos fechados ou da imaginação de um só indivíduo. Far-se-á por meio de um questionamento à sociedade, que, em última instância, é quem deve legitimar o conhecimento produzido. Sem este questionamento, sua aplicação será feita arbitrariamente, podendo trazer desequilíbrios sociais graves.

Em princípio, usamos o termo natureza, para tentar desenvolver um raciocínio relacionado ao estudo do fenômeno OVNI. O tema exige uma abordagem interdisciplinar. Neste sentido, o estudo de sua natureza deverá envolver tanto a área de ciências sociais e humanas como as áreas de ciências biológicas e exatas. Devemos atentar por certo para o “sistema de relações sociais” que o envolve.

Apenas como proposta metodológica inicial, sugerimos revisitar o conceito de natureza e aplicá-lo ao estudo do tema OVNI. Sugerimos ainda que essa revisitação do conceito se dê acompanhada de uma postura mais aberta, no sentido de que o conceito possa ser reconstruído dialeticamente, ou seja, que o conceito de natureza para o fenômeno OVNI possa ser tomado no sentido antropológico mais moderno, como algo em processo de construção no universo conceitual humano. Sempre impregnado de categorias culturais.

A busca da natureza do fenômeno OVNI, sem suposição ou achismo, de que se trata de fenômeno natural, balões meteorológicos, aeronaves terrestres ou extraterrestres, etc.. fará dos atuais Objetos Voadores Não Identificados, algo substantivo, significante. Essa busca permitirá disciplinar procedimentos, estabelecer métodos, viabilizar a interação e esclarecimento social e superar o presente estágio na busca de um sistema mais amplo no qual ele se achará  inserido.

Muitos são os autores que discorrem sobre o comportamento do cientista, sobre a metodologia mais adequada, sobre as etapas e processos de aquisição do conhecimento hoje. Contrapõem-se ao paradigma positivista, o paradigma da ciência moderna, onde, as ciências sociais se destacam. O homem passa a ser sujeito no processo. As relações sujeito/objeto tomam novas conformações.

Esse novo paradigma torna o estudo da temática ufológica passível de uma abordagem em todos os campos do conhecimento. Invoca-se para tanto o conceito de interdisciplinaridade(11) onde se ressalta que o conceito “não possui ainda um sentido epistemológico único e estável” mas se caracteriza pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas, tanto das ciências exatas como humanas.

Finalmente, para qualquer exclusão ou validação de hipóteses no estudo de incidentes com OVNIs, precedem-se análises que levam em conta fenômenos correlatos, cujas características se assemelham ao incidente estudado, ou seja, em incidentes onde a observação de suas características sugerem tratar-se de fenômenos naturais ou anômalos, dispositivos aeroespaciais comuns ou incomuns, etc., um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas são reunidos e usados sistematicamente e multidisciplinarmente.

O cruzamento dos vários olhares e análises disciplinares irão sugerir um consenso interdisciplinar. Em resumo, um conjunto de procedimentos que vise elucidar um caso ou aspecto do fenômeno, ampliará parâmetros de análises, não o esgotará. Pelo contrário, oferecerão elementos que contribuirão para a compreensão de uma dinâmica social mais ampla.

Referências

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(1) O autor é formado em Antropologia e Ciências Sociais pela UnB e Professor de Sociologia para educação básica na SEE-DF. Cursou Especialização em Bioética também na UnB e Tecnologias educacionais pela PUC Rio.

(2)UFO – Unidentfied Flying Object, traduzido para o português como OVNI – Objeto Voador Não Identificado.

(3)OLIVEIRA, Wilson G. de. “Caso Papuda” Características do balão meteorológico utilizado em 11.04.1991, p 24

(4)Dicionário de Ciências Sociais” Fundação Getúlio Vargas; Verbete Natureza Humana, pag. 810-811; Instituto de Documentação, Ed. da FGV, RJ. 1986. 1ª ed. xx, 1422p

(5)Id. Ibidem

(6)Id Ibidem

(7)Id Ibidem

(8)CARMO. Alberto F. do, “Ufologia: Proto-ciência, Pseudo ciência ou Ciência?”, uma série de artigos publicados originalmente no Jornal Ufológico – 1985. BH, MG. (Nota 1: Veja também: Gramsci A; Letteratura e Vita Nazionale – Roma – Ed. Riunitti / 1977 – p. 186/7.)

(9)ADORNO, T. W., Frenkel Brunswik Else; Daniel J. Levinson and Sanford, R. Nevitt and others as collaborators; The Autoritarian Personality-1950/1964-John Wiley and Sons-N.Y.p. 150 and chapters VII and XIX. (Nota 2: Compara-se a algumas atitudes e interações sociais freqüentemente observadas em UFO-Cultos.)

(10)SANTOS, Boaventura de Souza. “Ciência Pós-Moderna”. Metodologia e Hermenêutica I. p. 55-56

(11)JAPIASSU, Hilton. “Interdisciplinaridade e Patologia do Saber”. Imago Editora Ltda. Rio de Janeiro, 1976.

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