Por Patrícia Saldanha
Em live histórica, no dia 31 de maio último, a Agência Espacial Norte-Americana veio a público informar a forma como utilizam a tecnologia para detectar os UAPs (Fenômenos Anômalos Não Identificados) e o planejamento que desejam implementar para aprimorar os estudos nesta área.
A transmissão foi realizada durante um painel de especialistas montado pela NASA, para explicar as pesquisas, antes da entrega do relatório final.
A live marca a virada de comportamento da agência que até alguns anos atrás tratava o tema como segredo militar e de segurança nacional. Na mesma linha de abertura das informações, o Pentágono também divulgou relatório sobre o assunto no ano passado.
Segundo relatos de Sean Kirkpatrick, do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, os estudos da NASA vêm sendo feitos baseados em métodos científicos de análise e até o momento não há uma conclusão sobre o que sejam, mas informou que detectaram uma série de características que os identificam, tais como, formato geralmente redondo, coloração prateada ou branca, translúcidos; realizam voos em uma altura entre 10 mil a 30 mil pés; velocidades que variam de estacionários a MAC2; a forma de propulsão não é detectada; aparecem intermitentes no radar e produzem emissões de rádio e de banda térmica.
Ele disse também que a agência espacial já analisou mais de 800 relatos de avistamentos de UAPS nos últimos 27 anos e que tem recebido cerca de 50 a 100 notificações por mês sobre UAPs, mas que apenas 2% a 5% não têm explicação possível.
Segundo Kirkpatrick, a NASA utiliza um sistema de radares infravermelhos e ópticos para detectar os fenômenos anômalos, mas futuramente pretendem ampliar os estudos e envolver as universidades e as tecnologias de Maching Learning e Inteligência Artificial do Departamento de Defesa Norte-Americano.
Disse que atualmente 25 países já estão envolvidos nas pesquisas da NASA sobre os UAPS e a expectativa é aumentar este número para 170 países. Falou também que a agência espacial pretende desenvolver instrumentos mais sensíveis, sensores dedicados, capazes de detectar a presença dos UAPs, além de buscar parcerias com as universidades na elaboração de dados estatísticos sobre os avistamentos, com a criação de novos algoritmos, usando como base os dados que a agência dispõe.
O chefe do departamento de Ciência da NASA, David Spergel, disse que os pilotos comerciais relutam muito em relatar avistamentos, por causa do estigma em torno dos discos voadores.”Remover os estigmas sobre os avistamentos é um dos propósitos da NASA”, afirmou o diretor. Ele explicou que há uma necessidade de dados e informações de alta qualidade e a agência precisa contar com o depoimento de todos, principalmente dos pilotos. Este é um dos principais motivos pelo qual a NASA decidiu divulgar informações a respeito dos estudos que vem fazendo sobre os fenômenos anômalos, para reduzir a estigmatização do tema, afirmou Spergel.
Veja o vídeo da Transmissão Oficial da NASA
O Canal da Galeria do Meteorito acompanha com tradução em português